PANTANAL: por Estradas Segura Para Todos

PANTANAL: por Estradas Segura Para Todos

Início
12 de maio de 2023
Assinaturas: 18.235Próxima meta: 25.000
Apoie já

A importância deste abaixo-assinado

No Brasil, os acidentes em estradas ameaçam tanto vidas humanas quanto a nossa biodiversidade. Os números são assustadores: 15 animais silvestres são mortos por segundo nas nossas estradas e, por ano, cerca de 475 milhões de vertebrados silvestres morrem da mesma maneira.


No Pantanal, bioma reconhecido mundialmente pela sua biodiversidade, o problema é ainda mais expressivo. As estradas que atravessam o bioma estão sendo “pavimentadas” por corpos de animais silvestres. Adicionalmente, devido ao tamanho de alguns animais que atravessam as rodovias do Pantanal e áreas do entorno, como capivaras, tamanduás-bandeiras e antas, 40% das colisões veiculares com fauna ameaçam a integridade física de motoristas e seus passageiros. A frequência das colisões também assusta: em apenas três anos de pesquisa, ao longo de 1.150KM de estradas, pesquisadores coletaram mais de 12 mil carcaças. Esses números alarmantes são, no entanto, apenas uma fração das mortes reais, visto que geralmente são mais facilmente contabilizados animais de médio e grande porte, excluindo animais de pequeno porte e invertebrados. Além disso, muitos animais conseguem deixar as pistas feridos, morrendo a alguns metros do local do acidente, o que dificulta o registro destas fatalidades. 


Dentre as inúmeras rodovias estaduais e federais, algumas são particularmente problemáticas. A BR-262 é mundialmente conhecida por ser uma das estradas mais mortais para a fauna silvestre e uma das mais perigosas para os motoristas, especialmente no trecho que liga Campo Grande-MS a Corumbá-MS. 


Os motoristas que têm a sorte de transitar ilesos por essas estradas, muitos se dirigindo ao Pantanal para a observação de fauna e ecoturismo, se deparam com corpos e restos dos animais nos acostamentos. Dentre as vítimas mais comuns estão tamanduás-mirins, tatus, tamanduás-bandeiras e capivaras. Mas espécies raras e ameaçadas de extinção como onças-pintadas, tatus-canastras e lobos-guarás também morrem devido às colisões veiculares.

O problema vai além do impacto à biodiversidade, pois envolve a segurança das estradas e de seus usuários. Segundo o Centro Brasileiro de Ecologia e Estradas (CBEE), cerca de mil pessoas morrem no Brasil por ano em decorrência de acidentes envolvendo colisão com a fauna em rodovias. Somente entre os anos de 2007 e 2019 foram registradas 614 colisões com animais que causaram ferimentos e mortes de pessoas nas estradas do MS pela Polícia Rodoviária Federal. Além das perdas de vidas humanas e de animais silvestres, os acidentes causam prejuízo para os cofres públicos e privados. Apenas no Estado de São Paulo esse tipo de ocorrência gera um prejuízo de R$ 56 milhões por ano.

O mais triste e revoltante é saber que estes acidentes e mortes poderiam ser evitados. As colisões veiculares com fauna seguem ocorrendo por falta de vontade política e competência de nossas autoridades, há muito tempo alertadas por cientistas e ambientalistas sobre o problema. As soluções para tirarmos os animais silvestres das rodovias também já existem, a exemplo do cercamento e criação de corredores para passagem de fauna. Entretanto, elas seguem sendo apenas promessas vazias de governos que ignoram a ciência e as ameaças à vida humana e à fauna pantaneira. As estradas que cortam o Pantanal precisam ser adequadas à realidade do bioma, respeitando a nossa fauna e, sobretudo, garantindo a segurança de motoristas e passageiros.  


Até quando vamos aceitar nossas estradas cobertas de animais mortos? 


Um dos argumentos para a inação dos governos estaduais e do Departamento Nacional de Trânsito é o custo da implementação de medidas de segurança nas rodovias. Entretanto, o custo desses acidentes é pago pelos motoristas e pela nossa fauna! A estimativa é que os acidentes custam, em média,  cerca de R$4.500 por colisão - valor este pagos pelos motoristas. Os valores variam a depender do tamanho do animal e velocidade do veículo. Por ano, os prejuízos somados podem ultrapassar 5 milhões de dólares! 


Motoristas que seguem as normas de trânsito, que estão com seu IPVA e licenciamento em dia, seus carros revisados e devidamente habilitados, pagam o preço da incompetência e inação do poder público. Enquanto isso, os estudos dos custos das colisões veiculares já comprovam que o investimento nas seguranças das estradas seria recuperado em menos de 10 anos.


No final do ano passado, o governo do Mato Grosso do Sul anunciou um investimento de mais de 900 milhões de reais na construção de novas estradas, sem mencionar quais medidas serão implementadas para a mitigação das colisões veiculares com fauna silvestre. Sem as devidas medidas de segurança, animais e pessoas continuarão pagando com suas vidas.


Não aceitaremos mais que pessoas e animais paguem o preço! Se ficarmos parados, esse terrível e assombroso problema continuará se tornando um dos principais ceifadores da vida silvestre no Sul-Mato-Grossense e no Brasil. Por isso:


Pedimos a implementação de medidas contra o atropelamento de fauna e uma estrada segura para todos!


Assine já essa petição! Nos ajude a termos #EstradasSegurasParaTodos! 

 

Apoie já
Assinaturas: 18.235Próxima meta: 25.000
Apoie já
Compartilhe este abaixo-assinado pessoalmente ou use o código QR no seu próprio material.Baixar código QR