Para contribuir com a criação de soluções em relação às consequências da pandemia em toda a sociedade, o Conselho Nacional da Juventude do Brasil em parceria com Fundação Roberto Marinho, UNESCO, Em Movimento, Mapa Educação, Rede Conhecimento Social, Porvir e Visão Mundial apresentaram em junho de 2020, um conjunto de dados e evidências com base na escuta de quase 34 mil jovens de todo o país.

 

Relatório completo Atlas da Juventude

 

Após um ano, a pandemia continuou a crescer e trouxe o agravamento da situação sanitária, aprofundamento das desigualdades sociais, mudanças na situação profissional e econômica da população e instabilidade política em todo o país. Neste momento, produzir dados tornou-se ainda mais urgente e 68 mil adolescentes foram entrevistados para atualizar dados e trazer os desafios impostos pelo momento.

 

Conheça o perfil dos jovens que responderam

 

Segundo a pesquisa, os próprios jovens apontam os principais caminhos que os levariam de volta ao banco das escolas: garantia de trabalho e renda, acesso a equipamentos tecnológico e apoio familiar e psicossocial. Para Margareth da Silva, Especialista em Responsabilidade Social da Citrosuco, Mobilizadora do PVE desde 2017, a escola precisa ser mais atrativa e oferecer condições de permanência para os jovens.

 

“Os jovens precisam ver significado no que aprendem. Em pleno movimento de inovação tecnológica, a maioria das escolas ainda usam lousa e giz. Quando falamos em famílias mais vulneráveis, a dificuldade do jovem em ter acesso à tecnologia é muito grande e não consegue ser atendido pelas políticas públicas existentes, que ainda excluem. Sem falar que muitos deles no final do Fundamental II já buscam oportunidades para ajudar no sustento da família”.

 

Peças fundamentais desse movimento, as famílias servem como incentivo e também inspiração. A escuta ativa é o caminho para perceber qual a realidade e desafios de crianças e adolescentes: “Precisamos ouvir mais, a solução pode estar com eles, no desenvolvimento do protagonismo juvenil”, completa Margareth.

 

A mobilização é muito mais que um compromisso, é também organizar uma série de ações para gerar a transformação. Para mostrar alguns caminhos possíveis para a atuação do mobilizador, listamos quatro estratégias que podem ser utilizadas com as famílias e comunidades a favor da Educação, além de um e-book completo sobre o tema.

 

 

TENHA A SUA REDE DE APOIO:
Em meio a pandemia, trabalho, rotina familiar e muitos outros compromissos, pode ser difícil conseguir organizar as tarefas de mobilização. Ter uma rede de apoio com quem você possa conversar é fundamental para descobrir desafios e dificuldades em comum e, também, soluções criativas em conjunto. Com quem você tem conversado? Quem são os outros possíveis parceiros? Você já fez um mapa de potenciais parceiros (como rádios locais, jornais locais, carros de som, padres e pastores, comerciantes)?

 

BUSQUE INFORMAÇÃO:
É importante acompanhar as notícias sobre educação, para manter-se antenado às mudanças nas determinações sobre o retorno às aulas presenciais e atualização da situação epidemiológica na sua cidade. Assim, você consegue adequar suas ações de forma estratégica e conectada à realidade do seu município.Procure também conectá-las com as competências de MOB.

 

QUE TAL UM POUCO DE INSPIRAÇÃO?
No Facebook, site e WhatsApp do PVE, você encontra dicas, ações e inspirações para espalhar por toda a sua rede! Na área de Downloads do site do PVE, temos diversos dados e pesquisas que podem enriquecer a sua atuação.

 

APROVEITE O POTENCIAL DO WHATSAPP E DAS REDES SOCIAIS:
Pelo WhatsApp, é possível compartilhar convites, links, vídeos, fotos, figurinhas e eventos com um grande número de pessoas. Nas redes como Instagram e Facebook, é possível produzir conteúdo de forma intuitiva e conversar com a sua
comunidade, por meio de enquetes, lives, stories, compartilhamentos de mensagens e interação em posts.

 

A troca de informações e experiências também são maneiras de movimentar as comunidades, um bom exemplo em um município pode servir para resolver uma situação em outro. Margareth compartilhou a história de Matão, São Paulo: “Buscamos desenvolver o trabalho em rede estimulando o protagonismo dos jovens.

 

Nos 2 últimos anos trabalhamos com o Programa Cidadania. Como resultado, tivemos o Festival da Democracia e a criação do Parlamento Jovem. Em março iremos lançar um livro de poesias elaborado por eles, junto com jovens de outros municípios do Brasil. Isso também dá visibilidade ao projeto de vida que buscam. Os próprios envolvidos nesse programa fazem busca ativa junto a outros jovens”.

 

Para aprofundar e discutir temas fundamentais, o PVE criou a série Conversas Inspiradoras, um bate papo entre especialistas em Educação. Nesta live, Margareth da Silva, Especialista em Responsabilidade Social da Citrosuco e Mobilizadora do PVE desde 2017, convidou Arthur Santos para um bate papo sobre os motivos e causas que podem levar um jovem ao abandono escolar, considerando o contexto e a realidade dos estudantes e buscando formas alternativas para combater essa preocupante situação.