Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc)

 

A equipe de P&D teve forte atuação na ação gerencial responsável pelo Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) através do desenvolvimento e evolução de ferramentas de planejamento da produção com as indicações das datas mais apropriadas para o plantio e colheita das culturas agrícolas.

Para aperfeiçoar esta ação, a Embrapa vem investindo na revisão dos indicadores, melhoria das bases de dados e avanços metodológicos na avaliação de risco climático das principais culturas agrícolas. A evolução contínua de ferramentas computacionais tem apoiado o trabalho técnico e a comunicação das informações de risco, aplicando-se novas metodologias para o cálculo de múltiplos riscos à produção. Com isso, produtos de informações sobre clima, solos, manejo e características dos cultivos podem ser melhor explorados, reforçando o detalhamento do Zarc. Também estão sendo empregadas novas ferramentas para controle da produção de resultados e melhorias para fortalecimento da transparência e redução da incerteza.

Em 2016, foram desenvolvidos e entregues ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) os resultados das avaliações para o Zoneamento Agrícola de Risco Climático para as culturas do milho, milho segunda safra, soja, cana e trigo, em base municipal, com indicação de janelas de baixo risco, mapas, relatórios e notas técnicas. Essas informações estão sendo utilizadas na elaboração das portarias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) referentes ao Zarc, publicadas no site do Ministério e no Diário Oficial.

O Zarc é uma poderosa ferramenta, com múltiplos beneficiários. A Política Agrícola Brasileira é baseada em instrumentos, como o Proagro, Proagro Mais e Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural, diretamente orientados pelas avaliações de risco produzidas pelo Zarc. Com a observação das análises, os produtores conseguem negociar garantias na tomada de crédito de custeio e, consequentemente, reduzir o risco na sua produção. Como interfere diretamente nas finanças de projetos na agricultura, o Zarc impacta o planejamento privado nas cadeias produtivas das culturas nele envolvidas. Alinhados com os objetivos mais estratégicos de desenvolvimento e sustentabilidade em nossa agricultura, a Embrapa e parceiros estão trabalhando em novas ferramentas e produzindo melhores informações para o zoneamento.

Atualmente, a Embrapa entrega resultados para o Mapa, com mensurações de nível de risco para as culturas agrícolas por município, decêndio, tipo de solo e ciclos de desenvolvimento das cultivares. Em 2016, o Zarc passou a ser harmonizado com o controle fitossanitário da ferrugem asiática da soja, reforçando a segurança da produção nacional. O Zarc também está articulado com indicadores ambientais do Zoneamento Ecológico Econômico, dos mapeamentos de desmatamentos e das informações edafoclimáticas, fornecendo à Política Agrícola uma base sólida de informações sobre onde plantar com menor risco e menor conflito ambiental e social.

A Embrapa e seus parceiros buscam conhecer a realidade socioambiental das regiões analisadas e utilizam as ferramentas avançadas de processamento de informações em favor do bem-estar no campo.

Os resultados da modernização nas avaliações de risco são publicados no site do Mapa.  Atualmente, estão sendo produzidos outros estudos de zoneamento para culturas agrícolas, como a cana-de-açúcar, a soja e o milho.

 

Foto: Eduardo Rodrigues

Reunião técnica da equipe do Zarc