História

A área que hoje é conhecida como Polo de Ecoturismo de São Paulo era parte do antigo distrito de Santo Amaro, que foi incorporado à cidade em 1935. Antigamente utilizada como passagem de indígenas entre o planalto e o litoral, a região, aos poucos, foi sendo ocupada por imigrantes vindos de diferentes locais.

A região de Parelheiros começou a ser colonizada em 1827, por determinação do Governo Imperial de D. Pedro I, para que ali se estabelecesse uma Vila, visando à formação de colônias agrícolas. A partir de 1829, o local começou a ser ocupado por imigrantes alemães, que ali fundaram o que hoje é considerado o cemitério mais antigo da cidade. Na década de 1940, foi a vez dos imigrantes japoneses se estabelecerem na região. O cultivo de hortaliças e plantas ornamentais implementado por eles transformou Parelheiros no reduto agrícola da cidade de São Paulo. A influência dos processos migratórios ainda é muito presente na região, e pode ser percebida em construções, nomes de vias e nos eventos típicos que acontecem ao longo do ano.

A evolução da cidade, bem como a história colonial brasileira, foram de extrema importância para a ocupação e desenvolvimento da região. No período de produção cafeeira, estações ferroviárias passaram a compor o território. Hoje, por exemplo, no distrito de Marsilac, fica a estrutura remanescente da estação ferroviária Evangelista de Souza, que fazia parte do ramal Mayrink-Santos, criado para o transporte do café do interior ao porto de Santos. Já na região que hoje conhecemos como Capela do Socorro, o interesse despontou nas primeiras décadas do século XX, após a construção das barragens da Light (a antiga companhia de geração e distribuição de energia): em 1907, a do rio Guarapiranga, dando origem à Represa Guarapiranga; e, a do rio Grande, construída após a grande seca de 1924, que deu origem à represa Billings.

Território ocupado pela etnia guarani, ainda nos dias atuais a presença indígena continua forte. A Terra Indígena Tenondé Porã teve limites reconhecidos pela Funai em 2012 e a área de mais de 15.000 hectares é reconhecida como terras tradicionais do povo guarani, com uso exclusivo dessa comunidade.

Boa parte do território é caracterizada como zona rural, e a cobertura vegetal da região é ampla, com presença de Mata Atlântica preservada, além de contar com rios e cachoeiras de águas límpidas. Praticamente uma outra cidade, com cara de interior, dentro da maior metrópole do país. Sua importância é enorme para a cidade: uma área de manancial, com muito verde, sendo reguladora de temperatura e da qualidade do ar.

O Polo é isso: história, cultura, ar puro e muita natureza! É um convite para uma pausa na correria do dia a dia e reconexão com um modo de vida mais simples.

Capela de São Sebastião. Foto: Daniel Deák / SPTuris

CRIAÇÃO DO POLO DE ECOTURISMO

A criação do Polo de Ecoturismo de São Paulo está diretamente ligada à existência de duas importantes Áreas de Preservação Ambiental – APAs – municipais na região:  a APA Capivari-Monos, criada pela Lei Municipal nº 13.136, de 09 de junho de 2001,  localizada nos distritos de Parelheiros e Marsilac, que possui uma extensa área protegida, e que equivale a um sexto do território da cidade; e a APA Bororé-Colônia, que teve origem na Lei Municipal nº 14.162, de 24 de maio de 2006, e ocupa porções das Subprefeituras de Parelheiros e Capela do Socorro. Ambas possuem um ecossistema rico, e são Unidades de Conservação de Uso Sustentável, ou seja, buscam compatibilizar a conservação da natureza com o desenvolvimento socioeconômico, disciplinando o uso dos recursos naturais e os processos de ocupação do solo.

 

Criado pela lei Nº 15.953 de 07 de janeiro de 2014, o Polo de Ecoturismo de São Paulo tem  como objetivo preservar o patrimônio natural e cultural da região, utilizando o turismo como vetor de desenvolvimento econômico e social, além de indutor da preservação do meio ambiente, gerando oportunidades de empregos, apoio a negócios sustentáveis e conscientização da comunidade local.

 

As ações da gestão pública municipal no Polo de Ecoturismo de São Paulo são pautadas no Plano de Desenvolvimento Sustentável, atualmente em sua segunda edição. Acesse a primeira edição, de 2017, clicando aqui: Plano de Desenvolvimento do Turismo Sustentável 2017.