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Por Fábio Couto, Valor — Rio


Um dos eixos do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), lançado na semana passada pelo governo federal, é a realização de investimentos em projetos de energia. Assim como nas edições anteriores do PAC, o governo consolidou uma lista de projetos que serão realizados nos próximos quatro anos: serão 343 novos empreendimentos que totalizam 18.474 megawatts (MW), com demanda de R$ 75,7 bilhões em recursos até 2026.

A diferença em relação a outras versões do programa é que os projetos são concentrados em energias renováveis, sem a presença das grandes hidrelétricas construídas na Amazônia (Belo Monte, Santo Antônio e Jirau). A maior parte dos projetos listados está em andamento, em diferentes fases de implantação.

A maior dúvida do pacote era a presença da usina nuclear Angra 3 no PAC. Ela não foi incluída no programa, o que retiraria a prioridade do governo para o projeto. No programa, o governo indicou a realização de um “estudo de viabilidade técnica, econômica e socioambiental” da usina.

Como vinha dizendo o agora ex-presidente da EletrobrasCotação de Eletrobras Wilson Ferreira Jr o fato de Angra 3 não estar listado no PAC não significa que as obras não serão concluídas. Mas acendeu sinal de alerta no setor nuclear.

Porém, o setor não está de fora do PAC: a modernização de Angra 1, como parte do processo de extensão da vida útil da usina, está na lista. Tem previsão de receber R$ 1,9 bilhão em investimentos para aumentar a confiabilidade do empreendimento, de 640 megawatts (MW) de capacidade instalada.

No pacote de projetos está ainda uma hidrelétrica (Juruena, de 50 MW, no Mato Grosso), com R$ 200 milhões em investimentos.

O PAC envolve ainda a implantação de cinco térmicas, sendo apenas um projeto novo a gás natural: GNA Portocem. Duas centrais são movidas a gás natural e estão em andamento. As três térmicas a gás natural vão demandar R$ 6,7 bilhões.

Há ainda duas térmicas com fontes renováveis. Uma delas é a híbrida São Joaquim, da Brasil Biofuels, movida a biodiesel e painéis solares. A outra é a usina Suzano RRP1, movida a resíduos da produção de celulose, a lixívia.

Eólicas e solares compõem a maior parte do rol de empreendimentos. A geração por meio da força dos ventos tem listados 120 projetos em seis Estados do Nordeste (CE, RN, PB, PE, PI, BA), com total de 5.308 MW.

Usinas solares fotovoltaicas lideram a relação, com 196 projetos que somam potência de 8.569 MW. As centrais serão instaladas em oito Estados: GO, MG, BA, PE, PI, RN, PB e CE.

Vinte pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) vão consumir R$ 1,3 bilhão em recursos para serem implementadas. Todas as usinas estão em andamento, em diferentes fases, de acordo com as informações disponíveis pelo PAC.

O Novo PAC tem previsão total de R$ 1,7 trilhão em investimentos em nove eixos, como são chamados os segmentos.

Os investimentos com recursos do Orçamento Geral da União (OGU) somam R$ 371 bilhões, enquanto o de empresas estatais totalizam R$ 343 bilhões. Financiamentos correspondem a um volume de R$ 362 bilhões; e o setor privado tem previsão de aportar R$ 612 bilhões.

Angra 1 tem previsão de receber R$ 1,9 bilhão em investimentos para aumentar a confiabilidade do empreendimento, de 640 megawatts (MW) de capacidade instalada — Foto: Divulgação/Eletronuclear
Angra 1 tem previsão de receber R$ 1,9 bilhão em investimentos para aumentar a confiabilidade do empreendimento, de 640 megawatts (MW) de capacidade instalada — Foto: Divulgação/Eletronuclear
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