Pesquisa da Korn Ferry aponta que 85% das empresas aceleraram esforços para iniciativas de diversidade, equidade e inclusão

4 de abril de 2022 Off Por Ray Santos
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Apesar da aceleração, apenas 14% das empresas avaliam que seus esforços de DE&I estão sendo muito efetivos

O desenvolvimento de iniciativas focadas na diversidade, equidade e inclusão (DE&I) está cada vez mais presente nas empresas de todo o mundo e o cenário não é diferente no Brasil. De acordo com o estudo “DE&I pós 2020: progresso real ou ilusão?”, feito pela Korn Ferry, empresa global de consultoria organizacional, 85% das empresas aceleraram seus esforços de DE&I nos últimos 12 meses, sendo 46% delas progressivamente. A pesquisa analisou informações de 250 empresas no Brasil, de diversos setores, e apenas 14% das organizações avaliam que seus esforços de DE&I estão sendo muito efetivos.

Considerando apenas as empresas com mais de 15 mil colaboradores e aquelas com faturamento superior a 10 bilhões de dólares, a porcentagem das que aceleraram os esforços sobe para 94% e 93%, respectivamente. “Todos os setores aceleraram os esforços de DE&I. Nos últimos anos um caminho foi percorrido pelas empresas no Brasil, começamos com a implementação de projetos de DE&I que vinham dos Estados Unidos e da Europa, mas agora podemos sentir uma diferença importante. É sempre bom quando as grandes companhias começam a fazer diferentes jornadas, pois criam tendências, se tornam referências para as empresas menores com as iniciativas de diversidade e inclusão, além de fomentar ainda mais as discussões sobre o tema”, explica a Líder Regional de Diversidade, Equidade e Inclusão da Korn Ferry, Cecília Pinzon.

Os dados mostram que os principais fatores que desencadearam essa aceleração foram o CEO / time executivo (70,3%), os colaboradores (65,9%), além de questões relacionadas a marca e reputação (57,6%), e ESG compliance (57,6%). Para a Diretora de Diversidade, Equidade e Inclusão da Korn Ferry, Milene Schiavo, a alta liderança tem um importante papel no desenvolvimento de ações e para fomentar as discussões sobre o tema.

“Muitos presidentes e CEO de empresas estão começando a entender que este é um tema muito importante e eles precisam trazer isso para dentro da organização. A alta liderança precisa ter a consciência do papel que exerce nesse processo. DE&I é um tema decisivo que precisam trazer, liderar e patrocinar, porque é uma questão estratégica para a evolução e transformação do negócio. Se a alta liderança estiver desconectada disso, fará com que a empresa demore ainda mais para avançar nessa agenda”, destacou Schiavo.

A pesquisa aponta ainda que quando se trata de implementar iniciativas de DE&I, os maiores desafios são: transformar intenção em iniciativas pragmáticas (69,5%), mudar comportamentos (67,5%), assegurar líderes responsáveis (48,7%), vincular custos e resultados (39,5%), e orçamento (35,5%). Além disso, a Korn Ferry também ouviu as empresas para saber sobre quais são as práticas de DE&I que as companhias brasileiras possuem atualmente e estão relacionadas, principalmente, ao desenvolvimento de políticas de não-discriminação, bullying e assédio (67%), foco em uma cultura de expressão e segurança psicológica (63%), diagnóstico organizacional DE&I (60%) e conselho/comitê de diversidade (57%).

“Essas são práticas que obviamente ajudam, mas é preciso ter uma jornada completa focando em ações estruturais e comportamentais paralelamente. As estruturas, sistemas e políticas, precisam ser modificadas com uma lente mais inclusiva. Além de criar políticas, comitês e grupos, é preciso atuar em questões estruturais, que são aquelas capazes de realmente mover os indicadores. Ainda não vemos programas muito robustos de desenvolvimento, abertura às diferenças e essas são soluções que ainda precisam avançar mais”, ressaltou Milene Schiavo.

Para os próximos 12 a 18 meses, a principal prática que as organizações desejam implementar é o treinamento de liderança inclusiva para líderes de pessoas, apontado por 44% das empresas que participaram do estudo. “As jornadas de diversidade, equidade e inclusão só serão sustentáveis se tiverem o apoio dos líderes inclusivos. São estas lideranças que vão conseguir avançar nas agendas de DE&I, apoiando, valorizando e respeitando todos os colaboradores. A liderança inclusiva é uma parte fundamental da construção da cultura de maior inclusão, pois é o líder que vai ajudar todos o time a caminhar de um jeito mais alinhado, procurando respeitar, valorizar e acompanhar todos os talentos da organização”, finalizou Cecília Pinzon.

Sobre a Korn Ferry

A Korn Ferry é uma empresa global de consultoria organizacional que ajuda seus clientes a alinhar estratégia e talento, impulsionando, assim, um desempenho superior. Apoia diretamente as organizações desenhando as suas estruturas, funções e responsabilidades e as auxiliam a contratar as pessoas certas para colocar sua estratégia em ação. Além disso, as orientam em como recompensar, desenvolver e motivar os seus colaboradores.

Mais de 8.000 colegas atendem clientes em mais de 50 países, através de cinco soluções essenciais:

• Estratégia organizacional

• Avaliação e sucessão

• Aquisição de talentos

• Desenvolvimento de lideranças

• Remuneração e benefícios

Presente nos Emirados Árabes, Europa, África, América do Norte, América Latina e Ásia, a Korn Ferry conta com mais de 100 escritórios ao redor do mundo, e desenvolve pesquisas exclusivas sobre liderança, comportamento empresarial, mercado de trabalho, recursos humanos e outros temas.

NA Comunicação & Marketing


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