Cafezal

Conheça a Guatemala cafeeira em números

País é o quarto produtor mundial de arábicas, e tem 97% do café produzido por pequenos agricultores

O mapa das regiões cafeeiras da Guatemala foi atualizado pela Anacafé (Associação Nacional de Café da Guatemala), que apoia cafeicultores com programas e serviços de extensão. Alguns dos dados seguintes constam, também, do relatório anual da FAS/USDA (Foreign Agriculture Service, ou Serviço de Agricultura Estrangeira do  Departamento de Agricultura dos EUA, que, entre outras funções, coleta, analisa e difunde informações sobre mercados globais para produtos agrícolas).

Os resultados mostram mais de 251 mil hectares de plantações e quase 125 mil novos hectares de plantio. Para 2024/25, a previsão é de 376 mil ha plantados, com 1,6 bilhão de cafeeiros maduros. 

Os arábicas são 99% da produção de cafés na Guatemala, e se destacam pela qualidade e sustentabilidade dos grãos. Quase todos os produtores são pequenos (97% do total) e enfrentam custos altos e desafios logísticos, além de reduzirem a fertilização dos cafezais e explorem tecnologias de baixo custo.

Grãos orgânicos selecionados e despolpados por trabalhadores e voluntários na Guatemala

A produção total de café verde do país caiu ligeiramente em 2023/24, para 3,25 milhões de sacas. A falta de mão de obra aumenta problemas como doenças e pragas.

Em 2022/23, o volume de cafés exportados fez com que a Guatemala se tornasse o quarto maior exportador de arábica, com os EUA sendo o seu maior importador. Nesse ano, porém, as exportações até agora caíram 10%. As de café solúvel, porém, aumentaram 6%, e as de café torrado, 11%.

No âmbito local, o consumo de café deve se manter estável em 651 mil sacas em 2024/25. O café solúvel lidera o mercado interno, com 58% do consumo total da bebida no país.

TEXTO Redação / Fonte: Coffee Daily News • FOTO Wikimedia commons

Mercado

Faltam 45 dias para que cafés torrados atualizem embalagens

Regulamentação de lei de 2000, que permite fiscalização e retirada de cafés fraudados, também dá prazo para ajuste de informações em rótulos 

Um dos pontos mais impactantes para a indústria de cafés torrados é a regulamentação de uma lei que dispõe, entre outros assuntos, da atualização de informações nas embalagens de cafés torrados e cujo prazo para ajustes termina no mês que vem.

A regulamentação foi feita por meio da portaria 570 (Portaria SDA/MAPA no 570/22), e trata na Lei 9972/2000, do produto café. A lei federal, por sua vez, dispõe sobre a classificação de produtos de origem vegetal, cujo objetivo é que estejam em condições sanitárias e de qualidade suficientes para serem comercializados.

Em vigor desde 1º de janeiro de 2023, a portaria 570 foi discutida por dois anos entre o MAPA (Ministério da Agricultura e da Pecuária), a Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café) e outras entidades do setor.

Resumidamente, a rotulagem deve conter informações como: espécie de café (caso seja integralmente feito de uma espécie, deve ter expressa 100% dela; no caso de blend, a expressão “predominantemente por” e o nome da espécie que predomina na composição); se o café torrado é em grãos ou moído; o tipo de torra (clara, média ou escura); e, caso o café esteja certificado (voluntariamente) pela Abic, deve ter na embalagem a qual das cinco categorias do Programa de Qualidade do Café ele pertence – inclusive a categoria especial, lançada em 2023 durante a SIC pela Abic, em parceria com a BSCA, além das já existentes gourmet, superior, tradicional e extraforte.

As novas informações não têm lugar determinado na embalagem – apenas devem estar visíveis para quem compra (acesse o manual com as regras de rotulagem desenvolvido pela ABIC).

Sobre cafés fraudados

Além de tratar da atualização das informações contidas nos rótulos das embalagens de cafés torrados, a portaria 570, que foi discutida por dois anos antes de ser publicada, também permite que o órgão federal fiscalize o setor e retire do mercado cafés impuros e fraudados, responsabilizando também distribuidores e varejistas.

A importância da regulamentação é uma demanda da Abic há tempos, já que a associação é um órgão certificador e de monitoramento, e não tem autonomia para multar ou tirar do mercado um produto fraudado. O combate às fraudes é um dos objetivos da Divisão de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (DIPOV) do MAPA (Ministério da Agricultura e Pecuária).

Por isso, foi tema de palestra do órgão federal no 1º Seminário do Café, promovido pela Abic e que reuniu pessoas da cadeia produtiva na sede da Fiesp, na terça (14).  “O café é o único ingrediente vegetal que não estava regulamentado [na lei de 2000], e sobre o qual o Ministério da Agricultura tem autonomia”, explica Pavel Cardoso, presidente da Abic.

Quando perguntado pela Espresso o porquê do hiato de quase duas décadas entre a lei e a sua regulamentação para o setor de cafés, Cardoso garantiu que o grão era o menos preocupante entre os vegetais. “Como [à época da aprovação da lei] o setor já era organizado, oferecia pouco risco e, por isso, foi deixado por último entre os itens vegetais a serem regulamentados”, justifica.

“Hoje, o Programa Nacional de Prevenção e Combate à Fraude está em andamento e amadurecendo, impactando desde o produtor, passando pela indústria e chegando na ponta, nos supermercados”, disse Hugo Caruso, diretor da DIPOV do MAPA durante sua palestra, sobre a interrupção de comercialização de produtos ilegais no ponto de venda – especialmente azeites, sucos de frutas e, agora, o café torrado.

Embora, segundo Caruso, exportemos pouco café torrado – e ele considera este um bom momento para crescer nesse setor –, o aumento de exportações do produto e a consequente alta nos preços abre oportunidades para fraudes. “Isso vira notícia e denigre a imagem do café brasileiro”, acredita.

Novas metodologias de análise

Outro destaque na palestra do MAPA foram as técnicas laboratoriais para o exame do café torrado, que estão sendo desenvolvidas com o apoio de universidades, como UEL, UFLA e USP, Embrapa e entidades. “O papel delas é ajudar nas metodologias de análises físico-químicas, que não estão listadas entre as oficiais”, explica Caruso à Espresso.

Segundo ele, além de dar bons resultados, as novas metodologias de aferição a serem adotadas pelo Mapa substituem as análises microscópicas. “Um certo percentual de outros materiais detectados no café torrado pode ser ainda maior do que o revelado na microscopia, e a precisão deste percentual depende, também, do grau de moagem do café”, completa.

Além de fraudes, as novas tecnologias – espectroscopia e cromatografia líquida, além de ressonância magnética nuclear – podem analisar a qualidade do café. “Elas analisam os compostos do grão, como os produzidos pelos PVAs [abreviação para defeitos como grãos pretos, verdes e ardidos]”, comemora Caruso.

Dados de 2023 e 2024 indicam uma diminuição das fraudes. Em  que a verificação da amostragem de café pelo ministério computou 69,4% de produtos fora das normas (43 das 62 amostras coletadas). Em 2024, essa porcentagem diminuiu: foram 210 amostras coletadas no comércio entre janeiro e abril, com 25,23% com indícios de fraude.

TEXTO Cristiana Couto • FOTO Agência Ophelia

Barista

Campeonato Brasileiro de Torra já tem lista de competidores

O Campeonato Brasileiro de Torra já tem data, local e competidores definidos: de 17 a 19 de maio, na sede da Atilla Torradores, em Belo Horizonte (MG), com 24 participantes. Em poucos dias, os nomes listados abaixo vão torrar cafés e serão avaliados por juízes em quesitos como sensorial e performance do grão a partir do plano de torra entregue por cada um. 

  • Daniel de Paula Fernandes Pereira
  • Oscar Dutra Rocha
  • Johann Schelck Emmerich
  • Gabriel Heinerici
  • Pedro Henrique Figueiredo dos Anjos
  • Donieverson dos Santos
  • Eduardo Santos
  • Orlando Luis Salvatti
  • Tiago de Mello
  • Felipe Monteiro Bonato
  • Aldair Maciel de Oliveira
  • Raul Felipe Paulino de Souza
  • Ivan Carlos de Santana
  • Luan Santos Vital
  • Paulo Gabriel Maciel da Silva
  • Túlio Fernando de Souza
  • Jack Robson Silva
  • Matheus Luis Filagrana
  • Reginaldo Gonçalves Gomes
  • Guilherme Carvalhaes Heinerici
  • Vinícius de Lima Goulart
  • Mattheus Narcizo dos Santos
  • Alexandre Zambon Bergamim
  • Thiago de Oliveira Sidney Viana Dias

O campeonato é produzido pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e promovido pela Apex-Brasil. A Espresso é a mídia oficial. Fique de olho no nosso Instagram para conferir os detalhes da competição.

TEXTO Redação

Café & Preparos

Espresso&CO realiza palestras gratuitas no Dia Nacional do Café

Em comemoração ao Dia Nacional do Café, celebrado em 24 de maio, a Prefeitura de São Paulo e a Secretaria Municipal de Turismo realizam a 5ª edição do Festival do Café no Triângulo SP. O evento acontece entre os dias 21 e 26 de maio e oferece palestras gratuitas, um roteiro de cafeterias e uma programação artística.

Alguns dos conteúdos abordados nos bate-papos deste ano são dicas e métodos de preparo, ciência e história do café, e harmonizações com cerveja e matchá. As palestras realizadas no dia 24 de maio são em parceria com a Espresso&CO. Confira abaixo os temas e palestrantes. As inscrições para as palestras devem ser feitas antecipadamente neste link.

“Café: seus estilos e seus aromas”, com Giuliana Bastos (ABIC)
Quando: 21 de maio, das 14h às 15h
Onde: Cinema do Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB)

“Degustação: café e cerveja – semelhanças e diferenças”, com Camila Arcanjo (Coffeeccina)
Quando: 22 de maio, das 15h às 16h
Onde: Cinema CCBB

“Desvendando o café – dicas básicas: como escolher, armazenar e preparar”, com Giuliana Bastos (ABIC)
Quando: 23 de maio, das 14h às 15h
Onde: Cinema CCBB

“Ciência por trás do café”, com Pastor Bira (Café do Bira)
Quando: 23 de maio, das 16h30 às 17h30
Onde: Auditório SPTuris

“O café e a história do Brasil”, com Cristiana Couto (Espresso&CO)
Quando: 24 de maio, das 14h às 15h
Onde: Cinema CCBB

“Café em vários métodos”, com Arthur Rieper (Café Store)
Quando: 24 de maio, das 15h às 15h45
Onde: Cinema CCBB

“Conheça o matcha, nova tendência em cafeterias de SP”, com Álvaro Dominguez (Namu Matcha)
Quando: 24 de maio, das 16h às 16h45
Onde: Cinema CCBB

“Pensar o café fora da bolha (para todos os gostos)”, com Anderson Meireles (Café do Meireles)
Quando: 25 de maio, das 15h às 16h
Onde: Auditório CCBB

Quanto ao roteiro de cafeterias, o Festival do Café no Triângulo SP 2024 conta com 38 casas participantes, que prepararam combos promocionais exclusivos para a iniciativa (confira as opções no site). Os estabelecimentos se concentram, principalmente, no Centro Histórico de São Paulo e na região da Praça da República, e contarão com a presença de artistas durante os dias de realização do evento (confira também no site os nomes, horários e localizações de cada atração).

Serviço
Festival do Café no Triângulo SP
Quando: 21 a 26 de maio
Inscrições para as palestras: aqui
Mais informações: www.cidadedesaopaulo.com/festivaldocafe 

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

De onde vem a lenda sobre a origem do café

É difícil saber quando surgiu a planta café. De tão antiga, acredita-se que ela tenha aparecido na Terra antes mesmo da espécie humana, ⎯ ambas, no continente africano. Como não é possível rastrear a história da planta e definir sua origem no tempo, às vezes as lendas ou mitos servem como estratégia para fechar esse “buraco”. (Lendas e mitos, embora sejam termos diferentes, com conceitos igualmente diversos e que inspiram longas discussões sobre seu papel nas diferentes culturas ao longo do tempo, serão, aqui e para o nosso propósito, utilizados como sinônimos).

Mas quem criou a poderosa lenda, que reproduzimos até hoje, sobre a origem do café? Certamente não foram os habitantes da Abissínia (atual Etiópia), onde, já se sabe, a espécie arábica surgiu. Isso porque os primeiros registros do mito surgem só no século XVII. 

Para o filósofo e historiador Ralph Hattox, autor de um estudo importante sobre os islâmicos, a bebida café e as cafeterias no período medieval, a lenda não aparece nos primeiros escritos deixados pelos árabes. Segundo Hattox, para eles o mais importante era estabelecer quando, onde, por quem e por que o grão foi introduzido na Península Arábica. 

Porém, no século XVI, alguns cronistas árabes se deram conta de que nada sabiam sobre as origens da planta. Daí decidiram incluir seu próprio mito para tornar o conhecimento em relação ao café mais completo. É contado que Salomão foi o primeiro a usar o fruto. Ao viajar para uma cidade onde os habitantes sofriam de uma doença desconhecida, ele, seguindo as instruções do anjo Gabriel, torrou grãos vindos do Iêmen, fez com eles uma infusão e ofereceu a bebida aos doentes, que logo se curaram.

Bem, se não foram nem os abissínios nem os árabes os “autores” da lenda, quem a criou? E, afinal, que lenda é essa? Existem variações da “história”, mas o conteúdo central a todas elas diz o seguinte: um belo dia, Kaldi, um pastor de cabras da Abissínia, observou que seus animais ficavam agitados ao comer uma frutinha vermelha. Ao experimentá-la, ele também se sentiu assim. Algumas versões incluem um monge, outras, o processo da torra, e por aí vai. 

Quando os europeus visitaram as terras exóticas do Oriente, conheceram a bebida. De volta à Europa, escreveram sobre ela. Wiliam Ukers, talvez um dos primeiros estudiosos a se interessar pelo assunto, decidiu resolver o quebra-cabeça. Em seu livro All about coffee (Tudo sobre café), de 1922, ele garante que a lenda do pastor Kaldi foi “construída” pelos europeus e contada no primeiro livro dedicado exclusivamente ao grão no Velho Continente. Escrita em latim, em 1671, a obra De Saluberrima potione cahue seu cafe nuncupata discursus (Discurso sobre a salubérrima bebida chamada cahue ou café), do libanês naturalizado italiano Fausto Naironi, diz o seguinte (segue um trecho):

“Certo pastor de camelos ou, como dizem outros, de cabras, conforme a comum tradição dos Orientais, queixava-se aos monges de um mosteiro da região de Ayaman, na Arábia Feliz, que os seus rebanhos ficavam acordados mais de uma vez na semana”.

E cá está a entrada do monge na lenda, o que remete aos documentos que indicam como a bebida café surgiu entre os árabes: a partir do consumo entre os monges sufis ⎯ uma vertente religiosa mais branda do islamismo. A partir de então, essa “história” e suas versões, aparecem nos livros que contam a história do arábica, e seguem construindo, em nosso imaginário, como foi o primeiro contato do homem com o café.

TEXTO Cristiana Couto • ILUSTRAÇÃO Eduardo Nunes

Café & PreparosMercado

Café solúvel volta a ser protagonista com alta do consumo de bebidas geladas

O consumo de café gelado cresceu 45% em um ano, fruto da divulgação em redes sociais pelo público jovem, segundo Rodrigo Maingué, diretor-executivo de Nestlé Professional 

Pesquisa divulgada pela Nestlé (Project Cup – Brazil Report – Nielsen – abril 2024) revela que cafés coados e tomados de manhã continuam a ser os preferidos dos brasileiros. Os dados, que cobrem o território nacional, foram apresentados na última quinta (9), em encontro com jornalistas.  

Valéria Pardal, diretora-executiva de Cafés Nestlé, e Rodrigo Maingué, diretor-executivo da Nestlé Professional, conduziram o evento e discutiram os números. 52% das xícaras de café ainda são tomadas pela manhã, enquanto que 93% são quentes. O coado é o principal método de preparo para 67% das xícaras servidas.

Fundamental no âmbito doméstico, o consumo de café fora do lar cresceu. “Nos últimos cinco anos, a Nescafé deixou de ser uma marca de café solúvel e se tornou uma plataforma de soluções de café para dentro e fora do lar”, disse Valéria. Por isso, a Nescafé vem apostando em diferentes produtos, como o Nescafé Gold, linha de solúveis para consumo doméstico, e o Roastelier, máquina de torrefação compacta especialmente criada para cafeterias, na qual o próprio barista torra os grãos. 

Outra tendência importante é a relevância do café gelado, estilo de bebida consumido pelos jovens e impulsionado pela disseminação, por este público, nas redes sociais. A criação de receitas com diferentes ingredientes é o que mais aparece no mundo digital. “O consumo de café gelado em 2023 cresceu 45%, se comparado a 2022”, destaca Maingué. De acordo com a Nestlé, o solúvel é uma das principais escolhas para compor essas criações, pela sua praticidade. “O café solúvel volta a ter um protagonismo com o preparo de bebidas geladas”, comenta o diretor-executivo. 

O encontro também debateu as experiências da Nescafé com a sustentabilidade. Seu programa “Cultivado com Respeito” apoia cerca de 1,5 mil famílias cafeicultoras brasileiras, auditadas e certificadas pela empresa. “Quando temos fazendas certificadas, temos rastreabilidade”, ensina Taissara Martins, gerente de sustentabilidade para cafés da Nestlé. “Saber de onde vem nossa xícara é importante para nossa agenda de sustentabilidade”, completa.

Após o lançamento do arábica Serras do Alto Paranaíba na versão Colmeia, em 2022, a Nestlé lança, na linha Origens do Brasil, uma edição especial 100% robusta, com grãos cultivados em fazendas do norte do Espírito Santo. A novidade, que contém um pote de mel de flor de café, pode ser encontrada na Amazon (para todo o Brasil) e na rede Carone, no Espírito Santo.

TEXTO Gabriela Kaneto • FOTO Felipe Gombossy

Barista

Conheça os 20 competidores da 8ª Copa Barista

A Copa Barista chega em sua oitava edição! Os 20 primeiros inscritos nas disputadas vagas seguem abaixo. A competição acontece durante o São Paulo Coffee Festival, de 21 a 23 de junho, na Bienal do Ibirapuera, em São Paulo. Prepare a sua torcida:

  • Amanda Albuquerque (autônoma)
  • Bruno Couto (autônomo)
  • Daniel Alves (Oitenta Café)
  • Danilo Favero (Fazenda 7 Senhoras Specialty Coffee)
  • Debora Lais Nascimento (Coffee Story)
  • Elis Bambil (Punga Cafés Especiais)
  • Gabriel Ribeiro (Studio Grão)
  • Geosvaldo Oliveira (O Jardim Café e Brunch)
  • Giovanni Dezen (By Kim Confeitaria)
  • Henrique Wogel (Manana Cafés)
  • Hugo Silva (Sabino Torrefação) 
  • Isadora Gelk (Coffee Story)
  • Marcel Ribeiro (Lá do Café)
  • Marcos Vinicius Lugue (Raus Café)
  • Matheus Magalhães (Vilarez Empório do Café)
  • Monique Adriana Gomes (Wolff Café)
  • Renan Dantas (Oficina do Barista)
  • Stefanie Soejima (Café das Coisinhas)
  • Thiago Sabino (Sabino Torrefação)
  • Tiago de Mello (Pato Rei)

Em breve será divulgada, aqui no site da Espresso, a ordem das chaves. 

Serviço
8ª Copa Barista
Quando: 21 a 23 de junho
Onde: São Paulo Coffee Festival – Bienal do Ibirapuera, São Paulo (SP)
Informações: www.instagram.com/saopaulocoffeefestival

TEXTO Redação • FOTO Agência Ophelia

Mercado

Programa de cacau em SP tem 340 mil ha potenciais para plantio

Theobroma cacao (1867). Crédito: Naturalis Biodiversity Center/Wiki Commons

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (CATI) de São Paulo lançou, em abril, o Programa Cacau SP, com o objetivo de implementar o plantio do fruto amazônico em São José do Rio Preto e Vale do Ribeira (norte paulista). 

Segundo diagnóstico científico da CATI, há 340 mil hectares de áreas potenciais para a cacauicultura em São Paulo, que também teve pesquisas de zoneamento climático feitas durante anos pela instituição. A ideia de implementar esse cultivo já havia sido discutida nos anos 1970, mas durou pouco tempo e só foi retomada recentemente. A produção de mudas de cacau começou em 2019 em Itaberá e Pederneiras e, atualmente, 18 cultivares do IAC (Instituto Agronômico de Campinas) estão sendo utilizados como matrizes para produção de mudas.

O CocoaAction Brasil, iniciativa da Fundação Mundial do Cacau para promover a sustentabilidade na cadeia cacaueira, dá apoio ao projeto, que conta com Unidades de Adaptação Tecnológica (UATs), uma espécie de laboratório de campo, para implementação e testes nas lavouras. 

Um dos caminhos é plantar cacau em modelo de consórcio, com banana, seringueira e pupunha, por exemplo, e áreas de restauração florestal – há uma lei estadual que autoriza a recomposição de reservas legais com até 50% de cacau cultivado, o que permite ao produtor atender ao Código Florestal e obter renda extra.

Uma das expectativas é a de que, se 10% da área com potencial de se transformar em lavouras de cacau for implantada, haverá demanda de cerca de 30 milhões de mudas nos próximos anos – demanda esta que poderá ser suprida, já que o estado recebeu 7 milhões de reais do programa Propaga SP para ampliar a produção de mudas de mais de 300 espécies botânicas e, recentemente, passou a utilizar tecnologia de ponta no preparo dos substratos e de tubetes biodegradáveis, que favorecem o desenvolvimento das raízes do da planta de cacau.

O governo do Estado também autorizou a concessão de 3,5 milhões de reais para financiar a implementação de lavouras cacaueiras em 100 propriedades paulistas.

TEXTO Cristiana Couto

Café & Preparos

Starbucks faz sua estreia no Equador e em Honduras até o fim do ano

A Starbucks Coffee Company anunciou sua entrada nos mercados do Equador e de Honduras até o final deste ano. Isso faz parte da sua estratégia Triple Shot Reinvention with Two Pumps, que busca expandir para 55 mil locais do planeta até 2030. A Starbucks vai abrir as primeiras lojas em Quito, Equador, prevista para julho, e San Pedro Sula, Honduras, até o fim de 2024.

“A América Latina tem sido essencial para os negócios da Starbucks desde a nossa fundação, em 1971”, lembra o CEO da Starbucks International, Brady Brewer, referindo-se ao volume – mais da metade – dos grãos importados pela empresa. 

Atualmente, a Starbucks está em 26 mercados da América Latina e do Caribe, e em 88 no mundo, empregando mais de 22 mil funcionários. As lojas do Equador e Honduras serão lançadas em parceria com a Delonorte S.A. (Equador) e a Premium Restaurants of America (Honduras), que conhecem bem esses mercados.

Fonte: Global Coffee Report

TEXTO Redação

Café & Preparos

Barista da Indonésia vence o campeonato mundial da categoria

Mikael Jasin (no centro) recebe o troféu da WBC

Mikael Jasin, da Indonésia, venceu, no último sábado, o World Barista Championship (WBC), campeonato mundial de baristas que, este ano, aconteceu em Busan, na Coreia do Sul. É a primeira vez, desde o lançamento do campeonato (em 2000, na cidade italiana de Montecarlo), que um representante do país asiático sobe ao pódio.

Em 2019, Jasin (no centro da foto) havia ficado em 4o lugar na competição (o melhor posicionamento do país no campeonato) mas, em 2021, não alcançou as finais. Já o brasileiro Daniel Vaz foi eliminado na primeira rodada da competição – que aconteceu de 1 a 4 de maio, no primeiro World of Coffee na Ásia.

Além de Jasin, os outros baristas mais bem colocados foram: Jack Simpson, da Austrália (segundo lugar), Takayuki Ishitani, do Japão (terceiro lugar), Honoka Kawashima, da Nova Zelândia (quarto lugar), Junghwan Lim, da Coreia do Sul (quinto lugar), Ian Kissick, da Irlanda (sexto lugar) e Zjevaun Lemar Janga, da holanda (sétimo lugar).

Em meados de 2022, a Barista Magazine fez uma reportagem de capa com Jasin, e referiu-se ao barista como alguém que “tem a missão de melhorar os cafés do seu país natal”.  Isso porque, há alguns anos, o barista fundou uma empresa dedicada a trabalhar com pequenos agricultores indonésios para melhorar as suas técnicas de cultivo, colheita e processamento, segundo a publicação.

Jasin morou em Melbourne, na Austrália, cidade mundialmente reconhecida por sua cultura de cafés especiais – fenômeno relativamente distante da Indonésia, que cultiva e exporta cafés desde o início do século XVIII mas que, com exceção de algumas regiões, não é reconhecido pela qualidade dos grãos. A Indonésia é o quarto maior produtor do mundo, majoritariamente de canéforas (var. robusta). Em 2023/24, produziu 9,7 milhões de sacas (60 kg) em 1,2 milhões de hectares, ocupados por pequenos produtores. Sumatra detém de 60 a 70% do total de cafés cultivados, das duas espécies.

O consumo no país, porém, vem crescendo. Dados da Coffee Geography Magazine informam que ele  alcançou 4,79 milhões de sacas (2023/24), um aumento de 20 mil delas em relação à safra anterior. Um dos motivos é a aquisição do hábito de tomar café entre os jovens e a crescente classe média no país. Entre os fenômenos está a popularidade das kopitians, cafeterias tradicionalmente operadas por chineses não só no país, mas também na Malásia e no Sul da Tailândia. Esses locais, que servem cafés tradicional e principalmente feitos com robustas ao lado de várias comidas típicas, vem melhorando a qualidade da bebida.

Fontes: New Ground Magazine, Coffee Geography Magazine e Barista Magazine.

TEXTO Cristiana Couto
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