Sistema Antecipasto

Consórcio soja com pasto.

 

 

Antecipasto é um Sistema de consórcio de soja com forrageira em que o capim é semeado após a emergência da soja, nas entrelinhas, possibilitando antecipar a formação de pastagem sem reduzir na produtividade da oleaginosa. Esse Sistema favorece a diversificação de pastagens e a intensificação da produção em Sistemas Integração Lavoura-Pecuária.

A Solução Tecnológica tem como proposta antecipar a formação do pastagem em até 30 dias, permitindo que o rebanho tenha pasto disponível por mais tempo e na época do ano (estação seca/inverno) em que o produtor tem maior dificuldade de fornecer alimentação/nutrição adequada aos animais. 

 

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    Forrageiras | Características

    Baixa capacidade de competição com a soja 
       - pequeno porte, 
       - crescimento inicial lento e, 
       - não devem emitir colmos na fase vegetativa ou emissão de colmos finos. 
    Tolerância ao sombreamento.
    Boa produção de forragem durante a safrinha.

Antecipar resultados

 

O DNA dessa tecnologia é "Antecipar" processos, visando proporcionar resultados positivos para os desafios que o produtor enfrenta na sua atividade. 

O Sistema Antecipasto proporciona a antecipação da formação da pastagem em até 30 dias, possibilita que o rebanho tenha pasto disponível por mais tempo e na época do ano (estação seca/inverno) em que o produtor tem maior dificuldade de fornecer alimentação/nutrição adequada aos animais. 

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    Depoimento

    Carlos Eduardo Barbosa

    Engenheiro Agrônomo,  Gestor da propriedade

     

     

    "Não houve problemas de perdas em nenhum momento fazendo esse Sistema aqui na propriedade".

     

    O Sistema Antecipado foi testado e aprovado pelo produdor Carlos Eduardo Madureira Barbosa, da Estância Rosa Branca - Rio Brilhante, MS.

     

    Quanto a produtividade da soja segundo o produtor:

    • "Não dá interferência na produtividade da soja".
    • "Em áreas onde não foi implantado o Sistema e onde foi, as produtividades foram as mesmas".
    • "Em alguns lugares a produtividade a soja foi um pouco acima".

     

    Confira a entrevista: https://bit.ly/3M3GLne

Vídeos Vídeos


28/11/2023     
Antecipasto - Consórcio de soja com pasto
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17/10/2023
Estabelecimento de capim consorciado com soja
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01/11/2022
Seminario Técnico ILP - Caso de Sucesso | Produção em parceria: Agricultura e Pecuária
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01/11/2022
Seminário Técnico ILP | Caso de Sucesso: Utilização em pastagens consorciadas
Duração: 2:54"   ¦   67 Visualizações


Publicações Publicações

  • Publicação

    Estabelecimento de pastagem em consórcio com soja

    Um dos principais entraves à agricultura é a falta de cobertura do solo, enquanto na atividade pecuária o desempenho dos animais é limitado pela baixa disponibilidade de pasto durante a estação seca. Os sistemas integrados de produção agropecuária são formas viáveis de solucionar esses dois problemas. As forrageiras utilizadas nesses sistemas evoluíram muito, sendo empregadas em larga escala espécies de Panicum maximum e Brachiaria spp., seja em cultivo solteiro ou consorciado. O consórcio de forrageiras perenes com milho é uma prática consolidada e torna-se cada vez mais importante porque é uma forma de intensificar a produção. 
  • Publicação

    Controle Químico do Crescimento do Capim BRS Tamani em Consórcio com Soja

    No consórcio de capim BRS Tamani e soja pode ser necessário controlar o crescimento da forrageira para evitar perdas na produtividade da oleaginosa. Este estudo teve como objetivo identificar doses e herbicidas eficientes no controle do crescimento do capim BRS Tamani consorciado com soja. Implantou-se um experimento na Embrapa Agropecuária Oeste, em delineamento experimental de blocos casualizados, com quatro repetições. Aforrageira foi semeada com defasagem de 14 dias em relação à soja, nas entrelinhas da cultura anual.

Antecipasto | Perguntas e Respostas Antecipasto | Perguntas e Respostas

      É um Sistema consorciado de soja com forrageira para Integração Lavoura-Pecuária (ILP).  Parte do período de estabelecimento da forrageira ocorre em cultivo consorciado na entrelinha da soja, antecipando a formação de pastagem, sem causar redução na produtividade de grãos da oleaginosa.

      A Solução Tecnológica tem como proposta, antecipar a formação de pastagem de 30 a 60 dias quando comparada à forrageira semeada após a soja, permitindo que o rebanho tenha pasto disponível por mais tempo e na época do ano (estação seca/inverno) em que há maior limitação na oferta de pastagem.

      1. Aumento no período de pastejo.
      2. Antecipa a entrada dos animais entre 30 a 60 dias.
      3. A produtividade da soja não sofre interferência.
      4. Redução de plantas daninhas (número e massa) durante o ciclo da soja e da pastagem.
      5. Reduz o risco de insucesso na formação de pastagem e em caso de frustração, ainda pode ser realizada a semeadura da forrageira após a colheita da soja.
      6. Facilita o trabalho na propriedade, já que a semeadura do capim é realizada num período com menos atividades no campo, sobrando mais tempo para a semeadura das culturas de safrinha.
      7. Não compete com a janela de semeadura do milho safrinha, pois o consórcio é realizado com a soja que será colhida mais tarde, período esse que já é pouco viável a implantação do milho.

      • Aumento da produção sem necessidade de expandir área de pastagem.
      • Melhoria da qualidade do solo, com aumento da quantidade de palha e da reciclagem de nutrientes no plantio da soja.
      • Diminui a transição entre culturas com a manutenção de cobertura verde durante quase todo o ano. A cobertura verde contribui para a regulação de temperatura e umidade, sendo mais importante que a palha seca ou ao solo descoberto, para conservação do ambiente. 
      • Diversificação, com a possibilidade de rotação de pastagem com milho safrinha.
 

      • Agropecuarista – que faz a sucessão.
      • Pecuarista - que está pensando em explorar a cultura da soja
      • Agricultores que estão numa condição que não é possível fazer uma safrinha de grãos.
 

  •       • Porte em torno de 90 cm a 110 cm.
      • Crescimento vegetativo vigoroso com bom fechamento de entrelinhas.
      • Selecionar cultivares acamadoras.
 
       Importante:
     • Há muitas opções de cultivares de soja disponíveis no mercado. 
     • É necessário seguir as recomendações regionais dos obtentores. 
     • Destacam-se como alternativas em Mato Grosso do Sul duas opções do portfólio da Embrapa: BRS 1061 IPRO e BRS 1064 IPRO.
 

      • Baixa capacidade de competição com a soja
       - pequeno porte
       - crescimeto inicial lento e,
       - não devem emitir colmos na fase vegetativa ou emissão de colmos finos.
      • Tolerância ao sombreamento
      • Boa produção de forragem durante a safrinha
 

      • O capim BRS Tamani é uma das cultivares de Panicum maximum que apresenta melhor valor nutricional, possibilitando ganhos por animal ao redor de 1 kg dia.

      • O BRS Tamani, por ser pouco competitivo com a soja e muito produtivo durante a estação seca. 
      • Também podem ser utilizados os capins Massai (Centro/Norte do Brasil), Aruana (Centro/Sul) e BRS Paiaguás.
 

      Em geral não, porque as braquiárias produzem muitos colmos longos e grossos que facilmente superam a soja, competindo por luz. Além disso, os colmos longos dificultam a colheita da soja ao se enroscarem no molinete. A única cultivar que pode ser empregada, embora menos estudada, é a BRS Paiaguás, porque é de porte baixo e seus colmos são finos, que em condição de sombreamento, tendem a acamar e não entram em competição com a soja

      A soja precisa ser semeada a espaçamento entrelinhas de 50 a 60 cm, o que já é realizado por grande parte dos agricultores, para possibilitar a entrada do trator com a semeadeira do capim.

      Não, porque o capim cresce excessivamente, além de tornar difícil o controle de plantas daninhas. O capim deve ser semeado com defasagem de 14 a 21 dias após a emergência da soja, para minimizar sua capacidade de competição. O capim só deve ser semeado se houver previsão de chuvas nesse período.

      Aumentando o tempo de defasagem, há menos tempo para o capim iniciar seu desenvolvimento até o fechamento das entrelinhas da soja, reduzindo drasticamente o número de plantas de capim.

      No caso do capim BRS Tamani são empregados 4 kg/ha de sementes puras viáveis ou 400 pontos de VC. A semente deve ter alta pureza, 70% ou mais e não deve ser revestida. Essa densidade garante a formação da pastagem, já que muitas plantas morrem durante o ciclo da soja, mas pode receber ajustes dependendo das condições onde será implantada. 

      No caso do capim BRS Tamani, ele deve ser semeado de 2 a 4 cm de profundidade. Em solos argilosos e melhor estruturados pode ser semeado mais profundo, aproveitando mais a umidade do solo. Em solos arenosos e pouco estruturados há o risco de selamento do sulco por chuvas intensas, por isto deve-se semear mais raso.

      Em geral não, porque as braquiárias produzem muitos colmos longos e grossos que facilmente superam a soja, competindo por luz. Além disso, os colmos longos dificultam a colheita da soja ao se enroscarem no molinete. A única cultivar que pode ser empregada, embora menos estudada, é a BRS Paiaguás, porque é de porte baixo e seus colmos são finos, que em condição de sombreamento tende a acamar e não entram em competição com a soja.

      Não interfere, embora o capim esteja presente, sua capacidade de competição é baixa, sendo reduzida com a semeadura defasada. Caso a soja tenha dificuldade de fechar as entrelinhas, que não é comum, é possível fazer uma aplicação de herbicida para controlar o crescimento do capim e evitar que ele influencie noi rendimento da oleaginosa.

      É a mesma produtividade da soja solteira, embora a palha deixada pelo capim contribuía para o desenvolvimento da soja nas safras em sucessão.

      No Antecipasto a semente do capim é incorporada, garantindo emergência uniforme. No caso da sobressemeadura, a semente é feita a lanço no final do ciclo da soja e depende de condições meteorológicas (chuvas diárias) favoráveis, que não é a realidade de muitas regiões agrícolas.

      • Antecipar = evitar problema
      • Evitar problema de falta de pasto para o rebanho
      • Plantio durante a estação chuvosa, quando a disponibilidade de água é maior.
      • Reduz o risco de insucesso, dá mais tranquilidade, descomplica a vida do produtor no início da safrinha.

      • Antecipa e amplia o período de pastejo na entressafra da soja, resultando no incremento do desempenho animal de 3 a 5 @/ha, o aumento equivale de 40 a 50% na produção de carne, em relação ao tradicional, ou seja, o pasto semeado após a colheita da soja.
  •       • Possibilidade de diversificação para o sistema soja/milho safrinha.
 

      É preciso ter em mente que essa é uma tecnologia bastante refinada, sendo necessário seguir as orientações específicas  de implantação e atender as especificações quanto a: 
      • cultivar de capim (porte baixo); 
      • cultivar da soja (evitar as de porte baixo e também acamadoras);
      • defasagem de semeadura da forrageira;
      • características da semeadeira; 
      • controle de crescimento da gramínea, se necessário.

      • Sim, porém, deve ser dado preferência a talhões que não tenha alta infestação de plantas daninhas.
      • Dependendo das culturas exploradas na propriedade, o Sistema Antecipasto pode ser semeado na soja que será colhida por último.
      • Caso tenha sido aplicado herbicidas com efeito residual longo, a base de s-metolachlor, trifluralina, clomazone, imazethapyr, metribuzin e imazaquin, deve ser observado se o prazo não irá interferir na emergência do capim.

      O espaçamento deve ser de 50 e 60 cm entre as linhas de soja. Com esse espaçamento é possível fazer a semeadura defasada do capim com o trator e plantadeira transitando na lavoura de soja. Em espaçamentos maiores que 60 cm o capim não cobre bem o solo.

      Sim. de 90 a 100 dias, já que o capim é semeado no início do ciclo da soja.

      Se ocorrer falta de chuva ele pode fazer a gestão da melhor oportunidade para o plantio. Se não for possível fazer o Antecipasto, é possível fazer a semeadura do capim após a colheita da soja, na época convencional.

      Parte do estabelecimento da pastagem ocorre durante o ciclo da soja, ficando menos tempo entre a colheita da soja e a cobertura do solo pelo capim.

      Específica para soja-pasto, não. Essa é a primeira da Embrapa. Não há registro de outras recomendações por instituições de credibilidade.

Implemento | Semeadeira Implemento | Semeadeira

Leve
Específica para grãos miúdos
Acoplada ao terceiro ponto do trator
Trator equipado com rodas finas para transitar nas entrelinhas da soja.
Essa mesma semeadeira pode ser empregada para a semeadura do capim após a colheita da soja e, também, na entrelinha do milho, caso o produtor deseje fazer plantio defasado.

Sim. A semeadora para essa operação é simples, sendo necessário um chassi com engate no terceiro ponto do trator, linhas de plantio com disco desencontrado e uma caixa para distribuição de sementes pequenas. Alguns componentes podem melhorar a semeadura, como o limitador de profundidade acoplado ao disco, a roda de compactação sobre a linha de plantio, além de motor elétrico para acionar o rotor dosador de sementes.

Existem semeadouras disponíveis no mercado que forma desenvolvidas para a semeadura de capim e permitem melhorar a qualidade da semeadura, em relação a uma semeadora montada. Dentre as característica, o implemento permite entrada na linha intercalar sem que haja pisoteio na cultura da soja e temboa distribuição, profundidade e compactação da semente da forrageira. 

  • Atualmente são conhecidos dois modelos, sendo um a Exatus (GTS), que é uma máquina leve e ágil, porém necessita trator com grande potência dado ao seu sistema de distribuição. 
  • O outro modelo é a Manto Verde (RMS Agro do Brasil), embora seja mais robusta, a necessidade de potência do trator é bem mais baixa a custo bem inferiror. Ela dispõe de sensores de sementes nas linhas acoplado a um painel, o que facilita para o operador. 

Calendário de Plantio Calendário de Plantio

Sim. de 90 a 100 dias, já que o capim é semeado no início do ciclo da soja.

Se ocorrer falta de chuva ele pode fazer a gestão da melhor oportunidade para o plantio. Se não for possível fazer o Antecipasto, é possível fazer a semeadura do capim após a colheita da soja, na época convencional.

Colheita da Soja Colheita da Soja

Se o protocolo do Sistema Antecipasto for seguido, a colheita da soja é feita normalmente, como numa área solteira. Não se observou acréscimo de umidade e impurezas. Pode ocorrer alguma dificuldade nas bordas da lavoura onde há transito do pulverizador. Nesses pontos a soja é amassada, favorecendo o crescimento do capim. Por isso, não se recomenda fazer a semeadura do capim numa faixa de 15 metros ao redor do talhão, deixando para semear a forrageira após a colheita da soja.

Adubação Adubação

Não se utiliza adubo, já que as condições de fertilidade da área para soja são suficientes para o capim, num primeiro momento.

Plantas Daninhas Plantas Daninhas

O controle é realizado logo após o plantio do capim ou até antes de sua emergência.

Sim. A presença do capim nas entrelinhas da soja inibe a germinação e o desenvolvimento de plantas daninhas antes que a soja feche esse espaço. Porém, como o capim é lento, ele tem baixa capacidade de competição com a soja.

Embora a forrageira não compita com a soja, ela se desenvolve a sombra dessa cultura e disputa com as plantas daninhas os recursos deixados pela oleaginosa (Água, luz e nutrientes). Após a colheita da soja a forrageira tem maior capacidade de competição com as plantas daninhas em regime de pastejo.

Doenças Doenças

Em geral, com o aumento no espaçamento da soja de 45 para 50 ou 60 cm, o fungicida aplicado para a soja consegue atingir com mais facilidade a parte inferior das plantas, melhorando o controle de doenças.

Boi Safrinha Boi Safrinha

Há aumento do tempo de utilização da pastagem, que resulta em ganhos de 3 a 5 @/ha durante a entressafra da soja.

É possível colocar de 1 a 1,5 @ de carcaça a mais por boi.

A forrageira estabelecida no antecipasto cobre um período crítico, mesmo para os sistemas integrados, por que nos meses de abril e maio as pastagens permanentes têm seu crescimento reduzido e aquelas semeadas após a colheita da soja ainda não atingiram condição de pastejo.

Sistemas Conservacionistas Sistemas Conservacionistas

Embora o Antecipasto possa ser empregado para a produção de palha, é no Sistemas Integração Lavoura-Pecuária que ele poderá ter grande importância, principalmente, nos solos arenosos onde se expande a cultura da soja.

É importante salientar que as empresas de insumos e técnicos, cada vez mais estão se senbilizando e aderindo a essa visão e conceito desruptivo sobre a a importância desses sistemas, como forma de reduzir o risco a cultura principal e aumentar a renda do produtor com a produção de carne, principalmente durante a safrinha.

Há grande resistência a sistemas consorciados, pelo risco de perda de rendimento da cultura principal, porém, a adoção se dá pelo trabalho de convencimento, considerando os ganhos e o baixo risco ao rendimento de grãos.
A maior resistência se dá quando o agricultor é arrendatário e o beneficiário é o proprietário (pecuarista). Esse modelo tende a crescer muito nas áreas de expansão da soja e é onde o Sistema Antecipasto pode crescer junto, já que há condições climáticas para uma safra de grãos, apenas, que é a soja. A safrinha será de pasto, já que há baixa disponibilidade hídrica.