UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI AMÁBILE DE LOURDES CIAMPA MIRANDA CONLANGS, LÍNGUAS CONSTRUÍDAS EM TEMPOS DE INTERNET

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1 UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI AMÁBILE DE LOURDES CIAMPA MIRANDA CONLANGS, LÍNGUAS CONSTRUÍDAS EM TEMPOS DE INTERNET SÃO PAULO 2010

2 AMÁBILE DE LOURDES CIAMPA MIRANDA CONLANGS, LÍNGUAS CONSTRUÍDAS EM TEMPOS DE INTERNET Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora, como exigência para a obtenção do título de Mestre em Comunicação, pelo Programa de Mestrado em Comunicação, área de concentração em Comunicação Contemporânea, da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Ignês Carlos Magno. SÃO PAULO 2010

3 M64 Miranda, Amábile de Lourdes Ciampa Conlangs : línguas construídas em tempos de Internet / Amábile de Lourdes Ciampa Miranda f.: il.; 30 cm. Orientadora: Profa. Dra. Maria Ignês Carlos Magno. Dissertação (Mestrado em Comunicação) - Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, Bibliografia: f Comunicação. 2. Linguagens Construídas - Conlangs. 3. Internet. 4. Interação Virtual. I. Título. CDD 302.2

4 AMÁBILE DE LOURDES CIAMPA MIRANDA CONLANGS, LÍNGUAS CONSTRUÍDAS EM TEMPOS DE INTERNET Dissertação de Mestrado apresentada à Banca Examinadora, como exigência para a obtenção do título de Mestre em Comunicação, pelo Programa de Mestrado em Comunicação, área de concentração em Comunicação Contemporânea, da Universidade Anhembi Morumbi, sob a orientação da Profa. Dra. Maria Ignês Carlos Magno. Aprovada em 07/04/2010 Profa. Dra. Maria Ignês Carlos Magno Prof. Dr. Gelson Santana Penha Profa. Dra. Maria Elisabete Antonioli Laurenti

5 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao mestre dos mestres: Jesus Cristo. Ele não tinha Internet, Orkut, Twitter, Facebook, Blackberry, celular, televisão a cabo, jornal impresso, revistas etc. Ele usou uma linguagem, que não é uma conlang, mas que muitos até hoje, em pleno século XXI, estudam, pesquisam e proferem, porém, ainda não compreendem ou conseguem traduzir com exatidão o seu significado. Assim como o filósofo Sócrates, Jesus nada escreveu. Tudo o que foi escrito sobre Jesus e a sua linguagem vieram de outras mentes e mãos, a melhor tradução da linguagem usada por Jesus pode ser resumida na palavra amor. A sua linguagem transmite ensinamentos morais e universais, sendo passada de geração em geração.

6 AGRADECIMENTOS Tudo o que realizamos depende do nosso esforço, disciplina, planejamento, persistência, fé e principalmente das pessoas que nos cercam, pois são elas que fazem toda a diferença em nossas vidas. Agradeço a Deus pela oportunidade e proteção para a conclusão de mais uma jornada de aprendizado. Agradeço ao querido Professor Paulo Vadas pelo convívio, aprendizado, motivação e direcionamento para a realização de um sonho. À querida Professora Doutora Bernadete Lyra por ter despertado em mim o adormecido saber com sabor, por ser uma luz que me envolveu, me ouviu e acreditou nas minhas idéias. À minha querida orientadora, Professora Doutora Maria Ignês Carlos Magno, pela dedicação, paciência, carinho e orientação. Uma excelente profissional e um grande ser humano. Ao Professor Doutor Gelson Santana pelas aulas fantásticas e dicas preciosas. Aos Professores Doutores do Mestrado em Comunicação: Marcelo Giovanni Tassara, Sheila Schvarzman, Luiz Antonio Vadico, Vicente Gosciola e Rogério Ferraraz pela simplicidade, experiência, disposição em auxiliar e conhecimento que sempre compartilharam. Ao querido Marcos Aleksander Brandão pelo auxílio e carinho. Aos colegas, Professores e Professoras da Graduação Executiva: Marli, Rita, Alexandre, Celina, David, Sônia e tantos outros pela confiança, motivação e compreensão inestimáveis. Ao meu querido Carlos, à minha querida filha Mariana e à minha mãe Maria de Lourdes, sempre presentes. Me apoiando incondicionalmente, auxiliandome em minhas jornadas e desafios. Ao meu pai, in memorian, que assistiu à minha apresentação...lá do céu!

7 A alma é aquilo que existe de melhor e mais profundo em nós mesmos, a parte eminente do nosso ser, e, no entanto, trata-se também de hóspede passageiro que nos veio de fora, que vive em nós existência distinta do corpo, e que um dia deverá reaver a sua completa independência (Émile Durkheim).

8 RESUMO Este estudo teve por objetivo geral levantar dados sobre a existência das conlangs, bem como sua influência na utilização da linguagem da sociedade contemporânea. Já os objetivos específicos procuram refletir sobre a natureza das conlangs, seu significado e seu impacto no mundo contemporâneo e os meios de difusão como a literatura, o cinema e a Internet; enfatizar o papel da Internet como espaço de sociabilização das conlangs e avaliar sua influência como produto cultural no processo de comunicação e construção de sociabilidades. Do ponto de vista metodológico, este trabalho foi elaborado utilizando a pesquisa bibliográfica, por meio de consulta a livros, artigos científicos e matérias publicadas em revistas especializadas. Esta pesquisa se estrutura em contextualizar sobre o tema, seus objetivos e sua metodologia; abordando o conceito e a história das conlangs, bem como os seus fundamentos lingüísticos e sua importância do ponto de vista comunicacional. É tratada aqui a presença das conlangs na literatura de ficção e no cinema, indo até a abordagem da internet como espaço disseminador desta linguagem, enfatizando a função dessa mídia nas formas de sociabilização das conlangs e a possibilidade de interação entre conlangers e internautas com essa afinidade. A revisão da literatura realizada permitiu concluir que as conlangs representam um fenômeno contemporâneo que, paralelamente à sua utilização na literatura de ficção e no cinema, tem na Internet seu espaço privilegiado de disseminação, nela encontrando as possibilidades virtuais de interatividade e sociabilização, mesmo diante das dificuldades inerentes à construção de linguagens tão sofisticadas e que exigem conhecimentos lingüísticos que vão muito além de uma linguagem puramente tribal e espontânea. Palavras-chave: Conlangs. Linguagens construídas. Internet. Sociabilização Contemporânea. Interação virtual.

9 ABSTRACT This study aimed to raise general data about the existence of conlangs and its influence on the use of language in contemporary society. Have specific objectives refer to reflect on the nature of conlangs, its meaning and its impact on contemporary mass media as literature, cinema and Internet, emphasizing the role of the Internet as a space for socialization and evaluation of conlangs influence as a cultural communication process and construction of sociability. From the methodological point of view, this work was prepared using the literature, by using the books, papers and articles published in specialized journals. This research is structured in context on the topic, its goals and its methodology, addressing the concept and history of conlangs, as well as their linguistic grounds and its importance in terms of communication. It is treated here the presence of conlangs in fiction literature and movies, going to approach the Internet as a space disseminator of this language, emphasizing the role of media in the forms of socialization of conlangs and the possibility of interaction between Internet users and conlangers with this affinity. The literature review carried out showed that the conlangs represent a contemporary phenomenon that, in addition to its use in literary fiction and film, the Internet has its place of dissemination, finding in it the possibilities of virtual interaction and socialization, even with difficulties in constructing such languages that require sophisticated language skills that go far beyond a purely tribal language and spontaneous. Keywords: Conlangs. Constructed languages. Internet. Contemporary socialization. Virtual interaction.

10 LISTA DE QUADROS Quadro 1 Lista de Wikis... 53

11 LISTA DE FIGURAS Fig. 01 Alfabeto Shas Sid Fig. 02 Bastões de União Fig. 03 Numerais em Shas Sid Fig. 04 Sinais de pontuação Fig. 05 Formação de gênero Fig. 06 Empregos de prefixos na criação de palavras Fig. 07 Caracteres Féanorianos Fig. 08 Escrita Klingon... 37

12 SUMÁRIO INTRODUÇÃO CONLANGS: ASPECTOS LINGÜÍSTICOS A importância da comunicação Conceito e classificação de conlangs Histórico das conlangs Fundamentos lingüísticos da construção de uma língua: SHAS SID AS CONLANGS NA LITERATURA E NO CINEMA Conlangs na literatura de ficção Conlangs no cinema CIBERCULTURA E CONLANGS Cibercultura e ciberespaço: conceitos Ciberespaço entre tecnófobos e tecnófilos Ciberespaço e sociabilidade Internet como espaço de sociabilização das conlangs Wikias espaço das conlangs CONCLUSÃO REFERÊNCIAS ANEXOS... 67

13 9 INTRODUÇÃO A língua artificial é todo idioma construído e definido por um pequeno grupo de pessoas, diferentemente da linguagem definida a partir da evolução cultural de determinados povos. Geralmente, as línguas artificiais têm objetivos específicos e são desenvolvidas tanto para a comunicação humana como para experimentos lógicos, estendendo-se, ainda, para aqueles destinados simplesmente ao prazer, constituindo assim uma língua artística. No passado, estas formas de linguagem eram consideradas sobrenaturais ou místicas, mas atualmente, na medida em que a própria interlinguística evolui, o desenvolvimento de línguas artificiais vem se tornando cada vez mais natural. O homem contemporâneo só vive no anonimato se quiser. Se apenas um endereço virtual, como , não é suficiente, ele pode expor suas idéias criando um blog e/ou comunidades para tratar de assuntos específicos. Existem infinitos meios de se mostrar e de se comunicar sem estar presente fisicamente. Nesse sentido, verifica-se que, entre as linguagens artificiais, destacam-se as conlangs, do inglês constructed language, que significa linguagem construída. Tais línguas constam de uma lista específica, a Conlist. Trata-se de uma lista de correio eletrônico que discute as línguas artificiais como um todo. A lista de conlangs está estabelecida como uma comunidade que possui mais de 600 membros, profissionais ou amadores, conhecidos como conlangers (ou ideolinguistas). Seus arquivos podem ser observados em um servidor da Brown University. Paralelamente a esse servidor, é possível verificar várias discussões e listas de conlangs em vários websites. Assim, pretende-se apresentar os conceitos fundamentais que envolvem as conlangs, sua organização e forma de estrutura para melhorar o entendimento da influência desta forma de comunicação na sociedade. O interesse da pesquisadora pelo tema originou-se de indagações quanto aos desafios da comunicação, provocando o desejo de investigar os motivos que

14 10 levam as pessoas a criarem seus próprios falares, independentemente de sua compreensão ou repercussão. A complexidade e ineditismo do tema fundamentam do mesmo modo o interesse da pesquisadora que se decidiu mergulhar no ciberespaço e na cibercultura para encontrar as formas de sociabilização das conlangs e a possibilidade de interação entre conlangers e internautas com essa afinidade. O estudo tem por objetivo geral levantar dados sobre a existência das conlangs, bem como sua influência na utilização da linguagem da sociedade contemporânea. Já os objetivos específicos procuram refletir sobre a natureza das conlangs, seu significado e seu impacto no mundo contemporâneo e os meios de difusão como: a literatura, o cinema e a Internet; enfatizar o papel da Internet como espaço de sociabilização das conlangs e avaliar a influência das conlangs como produto cultural no processo de comunicação e construção de sociabilidades. Do ponto de vista metodológico, este trabalho foi elaborado utilizando a pesquisa bibliográfica, por meio de consulta a livros, artigos científicos, matérias publicadas em revistas especializadas em meio impresso e eletrônico. Entre as fontes consultadas em meio eletrônico, constam Guimarães Jr. (1997), da Revista de Ciências Humanas da Universidade Federal de São Carlos; Franco e Sampaio (1999), da página de Ciências Humanas da UNICAMP; Castells (2001), da página da Universidade Aberta da Catalunha/ES e Martin-Barbero (2008), da Revista Matrizes da USP, entre outras. Todos os capítulos estão estruturados de modo a compor um todo organizado em torno de conceitos e idéias que sustentam a relação entre as redes sociais na contemporaneidade e a criação de conlangs nos meios de comunicação, especialmente na Internet. Dessa maneira, a pesquisa apresenta a seguinte estrutura: O capítulo Conlangs: aspectos lingüísticos aborda a relação entre conlangs e comunicação. Paralelamente, apresentam-se o conceito e a classificação das conlangs além de um breve histórico das línguas construídas. Segue-se a essas considerações uma descrição da estrutura e construção da língua Shas Sid, uma conlang brasileira. O capítulo Conlangs na literatura e no cinema discorre sobre as conlangs como produto cultural que se manifesta por meio da literatura de ficção e do cinema. São mostradas as conlangs na literatura de ficção com O Senhor dos Anéis

15 11 (TOLKHIEN, 2002); 1984 (ORWELL, 1948). Os filmes Laranja Mecânica (Clockwork Orange, 1971), Blade Runner, o caçador de andróides (Blade Runner, 1982), A Creche do Papai (Daddy Day Care, 2003) e Jornada nas Estrelas (Star Trek) foram explorados para o entendimento do papel da conlang na concepção da obra. O capítulo Cibercultura e conlangs aborda a relação entre cibercultura e conlangs bem como o papel da Internet como espaço de sociabilização de conlangs e de construção eletrônica de redes sociais.

16 12 1. CONLANGS, ASPECTOS LINGUÍSTICOS. "A língua é ou faz parte do aparelho ideológico, comunicativo e estético da sociedade que a própria língua define e individualiza. (Leonor Buescu) Neste capítulo, será apresentada a relação entre conlangs e a importância da comunicação. Paralelamente, serão apresentados o conceito e a classificação das conlangs, além de um breve histórico das línguas construídas. Segue a essas considerações uma descrição lingüística da construção de Shas Sid A importância da comunicação O ato de comunicar-se sempre foi um desafio que permeou a existência humana e praticá-lo adequadamente tem se mostrado um exercício de criatividade. O início da comunicação humana é pouco claro, nebuloso. Não há informações precisas de como os homens primitivos iniciaram esse processo entre si: se por gritos ou grunhidos como os animais; se por gestos ou por um sistema misto de gritos, grunhidos e gestos, de acordo com Bordenave (2002). Para o autor, a origem da fala humana, ou seja, seus sons iniciais espelhavam-se na imitação dos sons da natureza cantar de um pássaro, ruído de um trovão ou ainda originavam-se de exclamações espontâneas o ai, da pessoa ferida, o ah de admiração, o grr de fúria. Também há a hipótese de que esse homem usasse os sons produzidos não só pela boca, mas pelas mãos e pés, bem como a partir de objetos, tais como pedras ou troncos ocos. A fala nasce da necessidade humana de comunicação e cada povo exerce essa capacidade através de um determinado código lingüístico, ou seja, utilizando um sistema de signos vocais distintos e significativos, a que se dá o nome de língua ou idioma. Aristóteles (apud CHAUÍ, 2009, p. 147) afirma que somente o homem é um "animal político", isto é, social e cívico, porque somente ele é dotado de linguagem. Os outros animais, escreve Aristóteles, possuem voz (phoné) e com ela exprimem dor e prazer, mas o homem possui e palavra (lógos) e, com ela, exprime o

17 13 bom e o mau, o justo e o injusto. Exprimir e possuir em comum esses valores é o que torna possível a vida social e política e, dela, somente os homens são capazes. A linguagem também enseja a possibilidade de comunicaçãoconhecimento, conforme aparece na Bíblia judaico-cristã, no mito da Torre de Babel, em que os homens imaginaram que poderiam construir uma torre que alcançasse o céu, ou seja, imaginaram que, se alcançassem o céu, teriam o poder e um lugar semelhante ao da divindade. A linguagem estabelece a comunicação entre os seres humanos, isto é, tem uma função comunicativa: por meio das palavras, entra-se em relação com os outros, dialoga-se, argumenta-se, persuade-se, relata-se, discute-se, ama-se e odeia-se, ensina-se e aprende-se. A linguagem exprime pensamentos, sentimentos e valores, portanto possui uma função de conhecimento e de expressão, ou seja, uma mesma palavra pode exprimir sentidos ou significados diferentes dependendo do sujeito que a emprega, do sujeito que a ouve e lê, das condições ou do contexto que foi empregada. Qualquer que seja o caso, os homens encontraram uma forma de associar um determinado som ou gesto a certo objeto ou ação. Assim nasceram o signo que faz referência à outra coisa ou idéia e a significação, que consiste no uso social dos signos. A atribuição de significados a determinados signos é precisamente a base da comunicação em geral e da linguagem em particular. (BORDENAVE, 2002). Muito mais tarde essas formas tornaram-se silábicas. O alfabeto como é conhecido atualmente se desenvolveu muitos séculos depois inventado pelo povo egípcio e adotado pelos fenícios (1.300 a.c.) que o levaram para a Grécia. Os gregos acrescentaram as letras correspondentes às vogais e criaram o primeiro exemplo histórico de escrita fonética. Com a Ilíada e a Odisséia, de Homero, séc. VIII a.c. poemas gregos que passaram da forma oral para a manuscrita, é que se iniciou a cultura manuscrita que perdura até hoje. Isto era o que se necessitava para facilitar um maior alcance da linguagem escrita, pois qualquer pessoa podia aprender a combinar os sons sem ser obrigado a conhecer as equivalências dos signos gráficos com idéias e objetos determinados (BORDENAVE, 2002, p.28). Marilena Chauí acrescenta:

18 14 Na Grécia, é interessante notar que, a palavra linguagem era composta de duas palavras: mythos e logos. Diferentemente do mythos, logos é a síntese de três idéias: fala/palavra, pensamento/idéia e realidade/ser. Lógos é a palavra racional em que se exprime o pensamento que conhece o real. É discurso (ou seja, argumento e prova), pensamento (ou seja raciocínio e demonstração) e realidade (ou seja, as coisas e os nexos e as ligações universais e necessárias entre os seres). Lógos é a palavrapensamento compartilhada: diálogo; é a palavra-pensamento verdadeira: lógica; é a palavra conhecimento de alguma coisa: o logia que colocamos no final de palavras como cosmologia, mitologia, teologia, ontologia, biologia, sociologia, antropologia, tecnologia, filologia, farmarcologia, etc. Se, como vimos, do lado do mythos desenvolve-se a palavra mágica e encantatória, do lado do logos desenvolve-se a linguagem como poder de conhecimento racional (CHAUÍ, 2009, p. 49). É fato que a escrita proporcionou ao homem o poder de comunicar seu conhecimento e seus pensamentos registrando para todos em qualquer tempo. Ainda de acordo com Chauí (2009, p. 156), a palavra, longe de ser um simples signo dos objetos e das significações, habita as coisas e veicula significações. Naquele que fala, a palavra não traduz um pensamento já feito, mas o realiza. E aquele que escuta recebe, pela palavra, o próprio pensamento. A autora acrescenta que tudo o que se manifesta utiliza a linguagem como meio. O tráfego de palavras e significados vai delimitar inclusive os limites do pensamento, educação, compreensão e expressão. A comunicação é então processo, simultâneo e co-depentente das formações culturais. O desafio aparece com toda a sua densidade no cruzamento dessas duas linhas de renovação -- que inscrevem a questão cultural no interior da política e a comunicação, na cultura (MARTÍN-BARBERO, 1997, p.299). O efeito imediato dessa noção teórica é envolver os elementos da comunicação: emissor, receptor, canal e mensagem em contextos culturais cujo eixo epistemológico condiciona cultura à comunicação, e comunicação à cultura. Martín-Barbero (1997), ao apresentar a comunicação como um processo, associa a sociologia aos fenômenos contemporâneos, em que o conceito de mediação pressupõe significações não previstas nos produtos culturais. Não se trata, porém, de uma análise voltada aos fenômenos da comunicação, pois a proposta busca um conceito que permita penetrar no processo comunicacional, permitindo ultrapassar a dinâmica de emissões e recepções, de meios e

19 15 mensagens, uma vez que esse conceito de mediação pressupõe uma codificação da experiência social. Essa forma de constituir laço social por meio da comunicação também é enfatizada por Maffesoli (2000, p. 20), para quem a comunicação é o que faz reliance (religação), é cimento social: A comunicação é a cola do mundo pósmoderno. Nesse caso, a idéia de comunicação está implícita na socialidade em vigor, já que só se pode existir e se compreender na relação com o outro, cada um está ligado ao outro pela mediação da comunicação. Por sua vez, ao fazer um relato histórico da linguagem como fenômeno comunicacional de massa, Mattelart (2002) informa que, no século XVII, na era do iluminismo, já se falava muito em uma linguagem universal e se construíam línguas universais. Para o autor, atualmente a linguagem universal é a informática, paralelamente a teorias matemáticas da comunicação. O conceito de comunicação foi dissociado, separado, do conceito de cultura. A noção de comunicação surgiu como uma tentativa de medir a quantidade de informação, sem a menor preocupação em relação ao emissor ou ao receptor ou seja, os agentes de cultura. Em um segundo momento, ainda na visão do autor, os especialistas das organizações internacionais encarregadas do desenvolvimento definiram a cultura a partir de indicadores sócio-culturais ou econômicos, a partir de um conceito de desenvolvimento que traduzia o progresso, ou a melhoria, do produto per capita. Na década de 70, em nome de um reequilíbrio dos fluxos de informação, surge, na Unesco, a nova ordem, baseada na informação e na comunicação. Ainda de acordo com Matellart (2002), torna-se necessário reconstruir uma linguagem que possa corresponder ao nosso projeto de reconstrução do mundo porque as palavras foram pervertidas, de certa forma, foram perturbadas, começando pela palavra liberdade, a palavra democracia, a palavra cultura. Nesse contexto de construção de línguas para (re) construção do mundo, inserem-se as conlangs, cujo conceito e classificação apresentam-se a seguir.

20 Conceito e classificação de conlangs Cabe indagar sobre a necessidade de criação de novos idiomas em um mundo onde já existem tantos. Além de hobby, forma de arte, as conlangs poderiam servir para outras aplicações nos processos de comunicação do contemporâneo. Para Rhiemeier (2007), a motivação da criação de diferentes tipos de línguas e de suas histórias deve ser tratada isoladamente. Assim, o autor divide tais línguas em quatro categorias: a) linguagens para fins religiosos e propósitos místicos; b) linguagens de auxílio internacional;c) linguagens de engenharia; e d) linguagens fictícias. Henning comenta sobre as motivações da criação de conlangs utilizando a expressão linguagens-modelo, equiparando-as ao aeromodelismo, entre outros tipos de hobby: Linguagens-modelo constituem algumas palavras criadas a partir de um rigoroso sistema de sons imaginários inter-relacionados. Embora se trate de um hobby desenvolvido individualmente ou por um pequeno grupo, não fica restrito a ele. Linguagens modelo estão registradas em papel ou disponíveis no computador para que as palavras imaginárias possam ser lidas ou vistas por milhões de pessoas 1 (HENNING, 1995, p. 01). O autor comenta que milhões de pessoas criam linguagens-modelo sobre temas muito restritos. Crianças criam vocabulários secretos para compartilhar com os amigos, enquanto adolescentes desenvolvem seus códigos privados para conversar com o sexo oposto. Henning enfatiza o aspecto mágico da criação de linguagens-modelo ao afirmar que alguns adultos se sentem motivados a criar um idioma próprio em contraposição ao ensino rígido da estrutura formal nas escolas. Para o autor, o ensino de definições rígidas do dicionário e de uma gramática igualmente rígida tira o interesse pela criatividade da linguagem: 1 Tradução livre da autora

21 17 Linguagem-modelo desmistifica e desmitifica o estudo de linguagem, desse modo propicia a realização de nosso desejo de aprender a expressar a nós mesmos por meio dela, criar novas palavras, em detrimento da rígida conformidade à norma. As pessoas consideram a criação de palavras como um processo distante e mágico, embora na verdade seja um processo realizado o tempo todo e no qual podemos estar todos engajados 2 (HENNING, 1995, p. 02). Essa visão lúdica e mágica remete ao pensamento de Benjamin (1985, p apud SCHLESENER, 2009), para quem a linguagem se apresenta ainda como a esfera em que se guardou algo do passado perdido e que pode ser redescoberto na narrativa atual, isto é, permanece como a esfera na qual se manifesta ainda a força da faculdade mimética. A palavra conlang deriva da língua inglesa, de constructed language, ou língua construída também conhecido pelo termo língua artificial. Conceitualmente, trata-se de um idioma inventado artificialmente por uma ou mais pessoas, seja qual for o propósito - desde a intenção de ser usado para a comunicação internacional, o uso em obras de ficção (como livros e filmes), até o puro hobby individual. Do ponto de vista lingüístico do ponto de vista de sua finalidade, Gobbo (1998) classifica as conlangs de acordo com suas finalidades específicas em línguas para fins literários e línguas para fins auxiliares. Harrison (1996) criou um sistema de classificação das conlangs (chamadas pelo autor linguagens-modelo) baseado estritamente em um critério: a fonte da maioria das palavras do vocabulário: a posteriori (nas quais parte da gramática e do vocabulário são criados do zero, usando a imaginação do autor ou meios computacionais automáticos), a priori (nas quais a gramática e o vocabulário derivam de uma ou mais línguas naturais) e mistas. Outra classificação das línguas artificiais apresenta as seguintes categorias, de acordo com o site Conlang Wikia (2009): projetadas (engelangs), subdivididas em linguagens filosóficas e linguagens lógicas (loglangs) e elaboradas com o propósito de experimentação em lógica ou filosofia; auxiliares (auxlangs) criadas para comunicação internacional; e artísticas (artlangs) elaboradas para criar prazer estético. A partir do conceito e da classificação das conlangs, a seguir apresenta-se um breve histórico das línguas inventadas em suas diversas categorias. 2 Tradução livre da autora

22 Histórico das conlangs Quando se fala em língua construída, o primeiro exemplo é o esperanto, tida como língua para fins auxiliares. Criada pelo médico judeu-polonês Ludwig Lazar Zamenhof ( ) e divulgada em 1887, também retrata o desejo de aproximar os povos por meio da junção de pessoas em torno de um sistema lingüístico. De acordo com a Liga Brasileira do Esperanto (2009), a família do doutor Zamenhof falava três línguas: o russo, o polonês e iídiche. A maioria das famílias de Bialystok eram judias e a língua iídiche derivava do alemão medieval e foi difundida pelos judeus que emigraram para a Europa Oriental desde a Idade Média. Além do iídiche, utilizava-se a língua dos poloneses que lá habitavam há séculos, o russo, pois aquela parte da Polônia pertencia e era dominada pelo Império Russo. Na infância, Zamenhof testemunhou a discórdia racial, religiosa, de costumes e a diferença de línguas na comunicação entre os russos, polacos e alemães. Zamenhof construiu pacientemente esse idioma, publicando-o, no idioma russo, em um pequeno livro em julho de 1887, contendo o alfabeto, dezesseis regras gramaticais, alguns textos de leitura, em prosa e verso, e um vocabulário. Ainda no mesmo ano, é editado em polonês, alemão e francês. Esse fato propiciou que a língua atraísse admiradores, estudiosos, com a abertura de clubes dedicados ao seu cultivo, edição de revistas e livros escritos em esperanto. Alves Jr. (2009) aponta registros mais detalhados da aventura de se criar línguas a partir do século XVII. Uma das primeiras foi o Logopandecteision, idioma criado em 1653 por Sir Thomas Urquhart. Poucos anos depois do aparecimento do Logopandecteision, Dalgarno ( ) inventou o Ars Signorum. Segundo o autor, houve uma explosão de criações de línguas, principalmente no século XIX, época de grandes mudanças na Europa, por causa da "Revolução Industrial" que trouxe grandes conseqüências não só para o continente, mas para o mundo inteiro. O aparecimento das revoluções tecnológicas causou, no século XIX, a crença na idéia de que mundo caminhava para a prosperidade e, como conseqüência, a ampliação do numero de pessoas crentes na necessidade de se criar uma língua internacional que ajudaria na compreensão entre os povos, ainda de acordo com Alves Jr. (2009).

23 19 Entre algumas línguas criadas naquele século figuram a Língua Universal (1852), do padre espanhol Bonifácio Sotos Ochando, Lingualúmina ou Língua da Luz, de F.W. Dyer e Chabé Aban (Língua Natural), do engenheiro Maldant, entre outras. Em 1879, surge o Volapük, do padre alemão Johann Martin Schleyer ( ), o primeiro e bem sucedido idioma classificado como a posteriori na história das línguas artificiais. Depois do Volapük (1879) e do Esperanto (1887), surge o Idiom Neutral, em 1902, baseado na gramática do volapük com amplo léxico de línguas latinas. Em 1903, Giuseppe Peano lançou sua língua Latino sine Flexione (Latim sem Flexão). Trata-se de uma simplificação do latim clássico. Em 1907, foi publicada a primeira gramática de Ido, do Marquês Louis de Beaufront, um esperanto modificado (ALVES JR., 2009). Ainda segundo Alves Jr. (2009), em 1922, surgiu o Occidental, de Edgar Von Wahl. É um idioma baseado em radicais gregos e latinos. Em 1924, foi fundada nos Estados Unidos a International Auxiliary Language Association (IALA) (Associação em prol da Língua auxiliar internacional), criadora do Novial, de Otto Jespersen (1928), do Interglossa, de Lancelot Hogben (1943) e da Interlíngua (1951). Taneraic é a língua inventada em 1968 por um descendente de aborígines da Austrália chamado Javant Biarujia. Divulgou sua língua num jornal que fundou em 1970, com textos bilíngües em Taneraic e Inglês. (ALVES JR. 2009). Em tempos mais recentes, surgem Toki Pona (2001), Sambahsamundialect (2007) e Shas Sid, cuja estrutura e construção são detalhadas no próximo tópico Fundamentos lingüísticos da construção de uma língua: SHAS SID Shas Sid é uma língua artística da obra do escritor Flavio Rebello 3 para a saga de ficção científica CID, iniciada com A Revelação (2007). Este idioma é usado 3 Flavio Cimonari Rebello (Santos, 18 de setembro de 1972) é um escritor, professor particular de idiomas e webdesigner. Ele mora atualmente em São Paulo, capital. Com formação acadêmica de Direito (cursou Direito na USP), e Letras (até o segundo anos do curso de Letras - USP), Flavio Rebello é o autor da saga de ficção científica sobre os Sid, tendo lançado o primeiro volume da saga, 'A Revelação', em agosto de 2007.

24 20 pelos habitantes de Sid, um arquipélago situado no planeta Moa, um mundo de outro sistema solar, mas habitado por Homo sapiens. Trata-se de um idioma totalmente construído, ou seja, a priori, ao contrário de muitas conlangs que não ultrapassam a barreira do uso esporádico. O idioma já tem um dicionário que conta atualmente com mais de verbetes. Sob o aspecto fonético, Shas Sid é escrito com dez letras, três das quais são vogais longas ([a], [o], [i]) e sete consoantes que, quando sozinhas (sem vogais longas), são seguidas, na pronúncia, de um [i] breve não escrito. A conlang Shas Sid não apresenta distinção entre minúsculas ou maiúsculas nem acentos ortográficos de qualquer tipo. Seguem-se as dez letras, em ordem, do alfabeto do Shas Sid, com sua respectiva pronúncia: Fig. 01 Alfabeto Shas Sid 4 O Shas Sid usa traços para unir as letras que formam uma palavra. Estes traços, variáveis segundo a letra usada, são chamados, no idioma, de bastões de união, sem os quais não há palavras, apenas letras esparsas: Fig. 02 Bastões de União

25 21 Outro aspecto que constitui a construção dessa língua é quanto à tonicidade. Como não há acentos gráficos, o acento tônico normalmente cai na primeira vogal longa. Não havendo vogal longa, geralmente cai na primeira sílaba. Entretanto, o 'n' desloca o acento tônico para a vogal anterior (por exemplo, mishín). A construção dos numerais em Shas Sid se faz a partir da colocação de um traço sob as letras, que passam a ser pronunciadas com o acréscimo de um 'e', como se observa na figura a seguir: Fig. 03 Numerais em Shas Sid 6 No que se refere à pontuação, o Shas Sid usa símbolos próprios no início e no fim das frases para indicar o estado emocional do falante, análogos aos emoticons usados atualmente na Internet, conforme figura 4 a seguir. 6

26 22 Fig. 04 Sinais de pontuação 7 Do ponto de visto morfológico, os nomes próprios são constituídos de duas palavras, a primeira das quais deve ter, necessariamente, uma letra repetida. Para nomes masculinos, qualquer letra pode ser usada para a repetição, menos a 'i', destinada exclusivamente para nomes femininos: Fig. 05 Formação dos gêneros

27 23 As classes gramaticais de Shas Sid se constituem de cinco grandes grupos: Coisas, Nomes, Ações, Qualidades e Palavras Centrais, sobrepostas em uma frase por meio de posicionamento específico (dependendo do lugar na frase, a palavra muda de sentido e, conseqüentemente, de categoria gramatical). A classe gramatical dos verbos apresenta vinte e cinco tempos divididos em quatro grandes categorias: Imediato, Presente, Pretérito e Futuro. Do ponto de vista da estrutura das palavras, Shas Sid possui apenas mil radicais, mas muitos deles funcionam como prefixos ou sufixos que modificam as palavras que os precedem ou seguem e lhes dão um novo significado. A seguir, um exemplo do uso do radical siá (escrever) modificado por prefixos: Fig. 06 Empregos de prefixos na criação de palavras 9 Pela descrição do idioma Shas Sid, percebe-se a preocupação de construir uma língua nova, ato considerado por seu autor, Rebello (IO, 2008) uma forma de arte, uma forma de comunicação e também um exercício mental. O autor 9

28 24 acrescenta que o fato de ser professor de idiomas o auxiliou muito na construção de Shas Sid. No capítulo a seguir, aborda-se a utilização das conlangs na Literatura e no Cinema.

29 25 2. AS CONLANGS NA LITERATURA E NO CINEMA A busca da compreensão do fenômeno das conlangs, como produto cultural contemporâneo implicado na construção de sociabilidades, direciona o olhar da pesquisadora para os meios pelos quais estas foram e são, ainda, utilizadas. Gumbrecht (1998) focaliza a produção cultural a partir de um contexto que contempla as relações da obra com seus receptores, as condições históricas e materiais em que se dá sua recepção e também a própria materialidade do objeto. Garcia Márquez que teve uma relação estreita entre literatura e cinema uma vez que algumas de suas obras foram adaptadas para a tela, ilustra a relação entre uma mídia, seu público e o contexto histórico e material em que a comunicação se processa: Deslumbradas com tantas e tão maravilhosas invenções, as pessoas de Macondo não sabiam por onde começar a se espantar. Indignaram-se com as imagens vivas que o próspero Sr. Bruno Crespi projetava no teatro de bilheterias que imitavam bocas de leão, porque um personagem morto e enterrado num filme, e por cuja desgraça haviam derramado lágrimas de tristeza, reapareceu vivo e transformado em árabe no filme seguinte. O público, que pagava dois centavos para partilhar das vicissitudes dos personagens, não pôde suportar aquele logro inaudito e quebrou as poltronas. O alcaide, por insistência do Sr. Bruno Crespi, explicou num decreto que o cinema era uma máquina de ilusão que não merecia os arroubos passionais do público. Diante de desalentadora explicação, muitos acharam que tinham sido vítimas de um novo e aparatoso negócio de cigano, de modo que optaram por não mais voltar ao cinema, considerando que já tinham o suficiente com seus próprios sofrimentos para chorar por infelicidades fingidas de seres imaginários (GARCIA MÁRQUEZ, 1967, p. 239). Um dos elementos mais importantes na construção das sociabilidades contemporâneas é, sem dúvida, a mídia. (SILVA; BARROS DE ANDRADE, 2006). Cada um dos artefatos culturais que compõem a comunicação mediada tecnologicamente jornais, televisões, películas, rádios, Internet vai proporcionar interações distintas com diferentes agentes sociais. Esses sujeitos sociais pertencem a contextos históricos e gerações diferenciadas, e vão estabelecer formas particulares de interação com os meios.

30 26 Além disso, estes mesmos meios de comunicação interagem entre si, e este conjunto de interações produz uma teia de sociabilidade complexa que para o seu entendimento exige um pensar dinâmico, flexível e interdisciplinar que contemple a multiplicidade das manifestações culturais, reveladoras e constituídas pelas ações dos sujeitos, num contexto social. A respeito dos meios de comunicação, McLuhan considerou: Todos os meios de comunicação, incluindo a imprensa, são formas artísticas que têm o poder de impor, como a poesia, seus próprios pressupostos. As novas comunicações não são métodos para nos relacionarem como o antigo mundo real ; são o mundo real e remodela à vontade o que resta do mundo antigo (MCLUHAN, 1980, p. 220). O referido autor se ocupou tanto dos efeitos avassaladores da mídia em um meio social, quanto de suas características como prolongamento dos sentidos do homem. Estudou o desenvolvimento dos diferentes meio de comunicação utilizados pelo homem, ao longo do tempo e da relação entre o meio e a mensagem. Considerava que se vive hoje em uma sociedade planetária, eletronicamente conectada, compondo o que denominou uma aldeia global. Nessa cultura contemporânea globalizada e interessante, as colangs precisam ser compreendidas a partir dos meios pelos quais se manifestam: a literatura de ficção, o cinema e a Internet. Assim as seções posteriores tratarão das colangs na literatura de ficção e no cinema, procurando explicitar como aparecem nestes meios, produzindo sociabilidades. Inicia-se pela Literatura, uma vez que essa forma de cultura costuma inspirar a criação de filmes, como se verá no tópico a seguir Conlangs na literatura de ficção Na literatura de ficção, um dos exemplos mais expressivos de conlang é o conjunto de línguas construídas por Tolkien, autor de O Similarion (1917), Hobbit (1937) e da trilogia O Senhor dos Anéis (The lord of the rings) (1954 e 1955), para a qual desenvolveu as línguas élficas: quenya e sindarin.

31 27 A história de O Senhor dos Anéis sucede em um tempo e espaço imaginários, a Terceira Era da Terra Média (Middle-earth), nome derivado do inglês antigo, Middangeard, reino habitado por humanos, e por outras raças humanóides: elfos, anões, orcs e hobbits 10. O enredo narra o conflito contra o mal que se alastra pela Terra-Média, através da luta de várias raças contra os orcs, para evitar que o Anel do Poder volte às mãos de seu criador Sauron, o Senhor do Escuro. Partindo dos primórdios tranqüilos do Condado, a história muda através da Terra-Média e segue o curso da Guerra do Anel, por meio do olhar de seus personagens, especialmente do protagonista, Frodo Bolseiro. Amante de criar línguas artificiais Tolkien criou as línguas élficas, [...] todas movidas pelo som bonito (eufonia) e pela estética, como o "repicar dos sinos" dizia. Ele criou um mundo onde suas línguas pudessem ser faladas, e lendas para rodeálas. Tolkien criou várias outras línguas (como o khûzdul e o valarin), mas nenhuma tão elaborada quanto as duas élficas. Também desenvolveu alguns sistemas de escrita, as angerthas (ou runas) e as tengwar. Acreditava que uma língua bonita devia ter também um alfabeto elegante. A seguir, o primeiro artigo da Declaração dos Direitos Humanos escrita nos caracteres Féanorianos, as Tengwars: Fig. 07 Caracteres Féanorianos 10 Ano 2002-Sinopse - A Sociedade do Anel se rompeu, mas a saga para destruir o Um anel continua. Frodo e Sam são obrigados a confiar sua vidas a Gollum se quiserem chegar a Mordor. À medida que o exército de Saruman se aproxima, os membros sobreviventes da Sociedade, juntamente com outros povos e criaturas da Terra-média, preparam-se para a batalha. A batalha de suas vidas. Indicado a seis prêmios Oscar, incluíndo Melhor Filme.Elenco - Elijah Wood, Liv Tyler, Cate Blachett, Ian McKellen, Christopher Lee, Orlando Bloom etc. (Direção - Peter Jackson); A trilogia O Senhor dos Anéis é baseada no livro de 3 volumes do The Lord of the Rings de JRR Tolkien.

32 28 O romance de Tolkien inspirou três filmes, correspondentes aos três volumes da trilogia, lançados a partir de 2001 até O aparecimento destes filmes promoveu uma nova explosão de interesse pelo Senhor dos Anéis e por outras obras do autor. A repercussão de seu trabalho é tão grande que foi criado um instituto dedicado ao estudo acadêmico destas línguas, o Elvish Linguistic Fellowship, cuja primeira pergunta mais freqüente dos internautas referia-se à possibilidade de falar em quenya e sindarin. O próprio Tolkien escreveu em suas cartas que estes idiomas não foram criados para ser falados. Sendo assim, entende-se que não podem se vistos como um fenômeno sociolingüístico, como é o caso do idioma klingon, criado especialmente para o filme Guerra nas Estrelas: à procura de Spock (The Search for Spock, 1984) e falado no mundo inteiro (GOBBO, 2008). Línguas artísticas, construídas para divertimento literário ou razões estéticas sem quaisquer reivindicações de utilidade, já haviam surgido no início da literatura moderna (nos contextos de Pantagruel e da Utopia), mas somente ganharam notabilidade como projetos sérios a partir do século XX. A Princess of Mars, de Edgar Rice Burroughs, foi possivelmente a primeira obra de ficção do século XX a caracterizar uma língua construída. Tolkien foi o primeiro a desenvolver uma família de línguas ficcionais relacionadas e foi o primeiro acadêmico a discutir publicamente línguas artísticas, admitindo que isso era a secret vice (um vício secreto) seu num congresso de Esperanto em O último romance do escritor inglês George Orwell, , publicado em 1948, contém uma conlang, a Novilíngua. A obra é uma ficção futurista, que narra o drama de Winston, o herói aprisionado na engrenagem totalitária de uma sociedade completamente dominada pelo Estado, onde tudo é feito coletivamente, mas cada qual vive em isolamento. Ninguém escapa à vigilância do Grande Irmão, a personificação literária de um poder cínico e cruel, além de vazio de sentido histórico. Em Oceania, o partido dominante, ao assumir o poder, introduziu um idioma oficial obrigatório e 11 Sinopse: em uma ditadura totalitária, na qual o Estado controla cada gesto de cada cidadão, humilde funcionário se apaixona, tenta enfrentar a repressão e é esmagado pelo sistema. Boa adaptação da obra do escritor inglês George Orwell, que dedicou sua pena à crítica do totalitarismo. Ótimo elenco e impecável direção de arte. Último filme de Richard Burton (Nineteen eighty-four), dirigido por Michael Rafford, é um grande filme baseado na instigante e corajosa obra de George Orwell, O LIVRO DE O elenco é de primeira linha e o filme marcou a despedida do grande ator Richard Burton ( ) das telas e da vida.

33 29 exclusivo, o qual por sua estrutura muito simplificada e objetiva restringia o pensamento e, por conseqüência, aumentava o grau de alienação das pessoas, como estratégia para facilitar o controle do Estado sobre as mesmas. A obra de Orwell foi transformada em roteiro do filme americano 1984 (Ninetten eighty four), lançado em 1984, sob a direção de Michael Redford. A novilíngual ou newspeak é a língua artística utilizada no romance 1984, de George Orwell. No final da edição original, há um apêndice intitulado Os princípios da novilíngua. A novilíngua é uma versão extremamente simplificada do inglês, (nas traduções se procede de maneira análoga com o idioma no qual se traduz para evitar confusão) e é um dos pilares básicos do regime autoritário do Partido. O objetivo de criar essa língua era substituir a antilíngua (Oldspeak), o inglês real, para assim dominar o pensamento dos membros do Partido e inviabilizar formas de pensamento contrárias aos princípios do Ingsoc (o que no livro se conhece como crime do pensamento). Por exemplo, para evitar que o povo deseje ou pense em liberdade, eliminam-se os significados indesejados da palavra, de modo que o próprio conceito de liberdade política deixe de existir nas mentes dos falantes. O vocabulário é reduzido ao mínimo, ao ponto de que palavras como mal se convertem em imbom (no original inglês, ungood), ótimo em plusbom e terrível se converte em dupliplusimbom (doubleplusungood no original). Com efeito, um bom falante de novilíngua é aquele que necessita de menos variedade de palavras para expressar uma idéia. O vocabulário se divide em três partes: A palavras de uso comum (comer, beber, árvore). Em quase todos os casos, as palavras deste grupo concidem com a antilíngua. Com estas palavras se poderiam expressar todos os pensamentos simples que não tenham conteúdo filosófico ou político ; B palavras construídas com fins políticos, com o objetivo de dirigir e controlar o pensamento do falante. Por exemplo, bonsexo (goodsex), que significa sexo para produzir crianças para o Partido, ou bempensadamente (goodthinkwise), que significa de maneira ortodoxa; C composto exclusivamente de palavras científicas e técnicas, mas redefinidas de maneira que ficassem desprovidas de significados "potencialmente perigosos"

34 30 A gramática se fundamenta em duas características:a) qualquer palavra pode cumprir qualquer função na frase, ou seja, a mesma palavra pode ser usada como verbo, adjetivo, substantivo, etc.; b) regularidade absoluta, de modo que os verbos irregulares terminariam todos en ed, todos os plurais acabariam em s, etc. Alguns exemplos do vocabulário da novilíngua: a) Facecrime (facecrime), rosto com uma expressão imprópria (como mostrar-se incrédulo ante o anúncio de uma vitória), o que é punido por lei; b) Duplipensar (doublethink) - capacidade de manter na cabeça dois pensamentos contraditórios, um realista e oposto à doutrina do Partido e outro de acordo com este, de maneira que a forma de atuar, o comportamento e o próprio pensamento seja congruente com o que dite o Partido, independentemente das demais idéias que haja na mente; c) duplipensar consistiria em manifestar-se e comportar-se como se fossem cinco, mantendo internamente que o resultado é quatro; d) Negrobranco (blackwhite), aplicada a um inimigo, refere-se ao costume de afirmar descaradamente que o preto é branco (contradizendo a evidência, que é aquilo que o Partido prescreveu), enquanto ao se referir a um membro do Partido significa afirmar de boa vontade que o preto é branco, quando o Partido assim o indicar. Na seção seguinte, serão apresentadas algumas das obras cinematográficas nas quais foi utilizado idioma artificial Conlangs no cinema O cinema é uma das artes mais representativas da constante evolução da experiência cultural contemporânea. A produção cinematográfica é rica de exemplos de conlangs e os filmes contribuíram para sua popularização. Esta riqueza não reside no número de filmes, mas na importância daqueles nos quais a colang esteve em evidência, o que motivou a concentração desta pesquisa em cinco filmes: Laranja mecânica, Blade Runner: o caçador de andróides, O senhor dos Anéis, A Creche do Papai e Jornada nas Estrelas. Estes filmes foram selecionados por sua

35 31 grande importância, quer pela popularidade alcançada, quer pela influência na produção cinematográfica subseqüente. Na linha da ficção, destaca-se Laranja Mecânica (A clockwork orange), de Stanley Kubrick, lançada em 1972, baseada no livro de mesmo nome, de Anthony Burgess, publicado em Existem algumas discussões em torno da questão se o diretor Stanley Kubrick imaginava o quanto a banalização da violência, um dos assuntos retratados no filme Laranja Mecânica seria algo tão presente nos dias atuais. A Clockwork Orange foi ambientado no futuro, na Inglaterra no ano de 1995 e estrelado pelo ator Malcolm McDowell, o universo desta história mostra passagens dos centros urbanos nos dias atuais. Dentre os pontos comuns com a realidade cotidiana, destacam-se: as gangs, as gírias, a violência, o desprezo por valores tradicionais, estupro, idioma artificial, irreverência, mentiras, ausência de controle no comportamento dos jovens, roubo, assassinato, sexo, drogas e sarcasmo. Nesse sentido, Maffesoli informa que: A pós-modernidade provoca nas pessoas uma necessidade comum em que o comportamento sócio-psicológico emotivo e ético necessita da proximidade das pessoas privilegiando o estético, num processo em que ele denomina de tribalismo destes nossos tempos. No caso do filme em questão o uso de vestimentas iguais, padrões de linguagem e comportamento comum exemplificam esta busca de proximidade estética, orientada neste caso para a ultra violência e o desprezo pelo mundo adulto e tradicional (MAFFESOLI, 2000, p. 15). A história retrata um jovem rapaz, chamado Alex DeLarge, que adora a música clássica de Beethoven, estupro, violência ou ultraviolência. Alex é líder de uma gangue e utiliza um idioma chamado Nasdat, uma língua construída, que mistura o russo, o inglês e cockney 13 para se comunicar no filme. O anti-herói personifica a irreverência e Kubrik trabalha com uma idéia muito explícita com a imagem da violência que o espectador já tem. A imagem é o ponto nodal das violências do mundo. O diretor Stanley Kubrik trava uma conversa com um público adulto onde a violência com prazer, mostrada no filme, traz pulsão 13 Cockney é uma espécie de dialeto das classes operárias de Londres, Inglaterra.

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