Zoneamento de favorabilidade à ocorrência de psilídeo e de podridão floral dos citros no cinturão citrícola brasileiro expandido em cenários de mudanças climáticas

Resumo

O Brasil é o segundo maior produtor mundial de citros e o primeiro de laranja-doce. Essa produção se concentra majoritariamente no estado de São Paulo (SP) e em parte de Minas Gerais (MG), região conhecida como cinturão citrícola (CC). No CC se concentram os principais desafios fitossanitários da cultura, ocasionados pela ocorrência do huanglongbing (HLB) e de podridão floral dos citros (PFC), além de outras pragas e doenças e de eventos climáticos adversos, especialmente estresses hídrico e térmico. A indicação do risco agroclimático foi publicada pela Embrapa em parceria com o MAPA em 2020, conhecida como Zarc Citros e inclui o CC e regiões adjacentes nos estados do MS, PR, GO e DF, além de outras áreas em SP e MG, no que podemos convencionar de cinturão citrícola expandido (CCE). O risco agroclimático para a produção de citros no CCE precisa ser complementado com a indicação de risco de ocorrência de Diaphorina citri, vetor da bactéria associada ao HLB, dada a urgência na busca por áreas que ofereçam menor risco de ocorrência da doença, e PFC, pela elevada dependência do clima para ocorrência com danos elevados em condições ótimas e sem proteção adequada das flores de citros. Essas informações são importantes para que os citricultores do CCE tenham maior segurança na tomada de decisão sobre a produção em novas áreas em cenários atual e futuro de mudanças climáticas. Portanto, o objetivo deste projeto é essencialmente indicar a favorabilidade de ocorrência de D. citri e de PFC no cinturão citrícola expandido. De maneira similar ao Zarc Citros (https://indicadores.agricultura.gov.br/zarc/index.htm), pretende-se obter os mapas com indicação de favorabilidade à ocorrência de D. citri e de podridão floral em uma importante área geográfica do território brasileiro, fornecendo informações para adoção de políticas públicas e de ferramentas que auxiliem os citricultores na tomada de decisão de plantio em novas áreas e de manejo do vetor, de HLB e de PFC, além de servir como base para futuros zoneamentos para outras pragas e doenças do cinturão citrícola expandido. (AU)