Nenhum país atendeu aos padrões de qualidade do ar da OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2021, segundo levantamento apresentado nesta terça-feira (22) sobre dados de poluição em 6.475 cidades.
A OMS recomenda que as leituras médias anuais de pequenas partículas do ar, conhecidas como PM2.5, não devem registrar mais de cinco microgramas por metro cúbico. As diretrizes foram alteradas no ano passado, sob argumento de que mesmo baixas concentrações causam riscos significativos para a saúde.
Mas apenas 3,4% das cidades pesquisadas atenderam ao padrão em 2021, de acordo com dados da IQAir, uma empresa suíça de tecnologia que monitora a qualidade do ar. Cerca de 93 cidades apresentaram níveis de PM2.5 dez vezes a mais que o recomendado.
"Há muitos países que estão dando grandes passos na redução", disse Christi Schroeder, gerente de ciência da qualidade do ar da IQAir. "A China começou com alguns números muito grandes e continuam a diminuir ao longo do tempo. Mas também há lugares no mundo onde está ficando significativamente pior."
Os níveis gerais de poluição da Índia pioraram em 2021, e Nova Déli permaneceu a capital mais poluída do mundo, mostraram os dados. Bangladesh foi o país mais poluído, também inalterado do ano anterior, enquanto o Chade ficou em segundo lugar —os dados do país africano foram incluídos pela primeira vez.
A China, que está em guerra contra a poluição desde 2014, caiu para 22º no ranking PM2.5 em 2021, abaixo do 14º lugar um ano antes, com leituras médias melhorando ligeiramente para 32,6 microgramas, disse a IQAir.
Hotan, na região noroeste de Xinjiang, era a cidade chinesa com pior desempenho, com leituras médias de PM2.5 de mais de 100 microgramas, em grande parte causados por tempestades de areia. A cidade caiu para o terceiro lugar na lista dos mais poluídos do mundo depois de ser ultrapassada por Bhiwadi e Ghaziabad, ambos na Índia.
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